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Inflação acumulada até outubro já supera todo o ano de 2009

A dois meses do fim do ano, o índice já vai encostando no centro da meta estabelecida pelo governo, de 4,5%

O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) acumulou alta de 4,38% entre janeiro e outubro. O resultado já supera todo o avanço registrado no ano passado, de 4,31%. A dois meses do fim do ano, o índice já vai encostando no centro da meta estabelecida pelo governo, de 4,5%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (9) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O mercado financeiro trabalha com uma projeção de IPCA em 5,31% para este ano, segundo o relatório Focus, elaborado pelo Banco Central a partir de consultas a especialistas e divulgado nesta segunda-feira (8). Uma semana antes, a previsão para o indicador era de 5,29%.

No último dia 28, foi divulgada a ata da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), do Banco Central, realizada no último dia 20. No documento, a autoridade monetária avalia que, mesmo com a alta dos preços dos alimentos, a inflação vai ficar no centro da meta – com base nessa expectativa, o banco manteve a taxa básica de juros, a Selic, em 10,75% ao ano.

A meta de inflação, estabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) e perseguida pelo BC, tem margem de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O Copom não mexe nos juros básicos quando acredita que o patamar da taxa é suficiente para gerar equilíbrio entre o que se produz, o que se compra e os preços.
No mês passado, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) ficou em 0,75%, acima do 0,45% visto em setembro. O grupo alimentação e bebidas teve alta de 1,89%, acima do 1,08% de setembro. Trata-se do maior avanço desde junho de 2008, quando o grupo registrou alta de 2,11%.

Entre os alimentos, o destaque ficou com o feijão carioca, tipo mais consumido no país, com alta de 31,42% no mês passado. No ano, o feijão carioca mais do que dobrou, acumulando alta de 109,78%. O item carnes teve aumento de 3,48%. Poucos foram os componentes nesse grupo que ficaram mais baratos – os destaques foram a cebola e o arroz.