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Empresário alerta para tentativa do golpe do seqüestro em TL

Roberto disse que ?apesar de ser muito frio, sentiu na pele? a angústia de um seqüestro na família

A proximidade das festas de Natal e Ano Novo têm influência até mesmo no comportamento dos marginais, empenhados em conseguir dinheiro fácil. No entanto, os métodos são os mais variados e um golpe muito divulgado na imprensa está sendo aplicado em Três Lagoas. Trata-se do seqüestro por telefone. Na manhã de ontem a frieza do empresário do ramo de pneus, Roberto Wladmir Munhoz, impediu que os bandidos tivessem êxito.

Por volta das 10 horas, ele recebeu uma ligação no telefone fixo e do outro lado da linha ouviu uma pessoa se identificando como seqüestrador e que estava com seu filho dominado. Uma voz masculina, chorando, se passava pelo filho do empresário e pedia para ele atender o que estava sendo ordenado, sob risco de perder a vida. “Como meu filho tinha saído de viagem há cerca de cinco minutos, cheguei a acreditar que era ele mesmo”, comentou Roberto.

No início da conversa o suposto seqüestrador pedia R$ 10 mil para poupar a vida do filho do empresário e também não atear fogo no veículo. Com muita frieza o pai, ainda sem ter certeza de que se tratava de um golpe, tentou negociar, afirmando que não possuía todo dinheiro. O pedido então baixou para R$ 5 mil e posteriormente para R$ 800. O marginal dizia que estava na cidade e precisava fugir, por isso aceitava a quantia.

O empresário contou com a participação de outro familiar que se empenhou em manter contato com o filho, supostamente seqüestrado e também com a polícia. Após 20 minutos de conversa sem ficar claro onde o dinheiro deveria ser entregue, ou depositado, veio a confirmação de que o filho estava bem, em outra loja do empresário, em Castilho (SP).

Roberto disse que “apesar de ser muito frio, sentiu na pele” a angústia de um seqüestro na família. Ele decidiu narrar o ocorrido para alertar os três-lagoenses para a prática desse golpe e deu uma dica: “manter a situação sob controle e buscar contato com a pessoa que supostamente está sob o domínio do sequestrador”. O golpe terminou com o empresário demonstrando que sabia que era um golpe e falando algumas “delicadezas” ao bandido.