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Polícia

Amiga teria facilitado assassinato das duas mulheres degoladas

Lorraine estava com raiva de Regina por ter ?dedurado? o seu namorado, Éder Rampagne Castedo, à polícia

Lorraine Rorys Silva, diarista, esteticista e acadêmica de Direito, é apontada pelas investigações policiais por facilitar a entrada dos dois assassinos na casa de Claudia de Araújo Mugnaini, que morreu junto da amiga Regina Bueno França.

As duas foram encontradas mortas no dia 1 de dezembro, no chão da casa de Claudia. Amordaçadas, com as mãos amarradas e com as marcas de faca no pescoço. A casa não tinha sinal nenhum de arrombamento, e os vizinhos não ouviram nada na noite do dia 30 de novembro, quando aconteceu o crime.

Conforme depoimentos de pessoas próximas das duas vítimas, Lorraine estava com raiva de Regina por ter “dedurado” o seu namorado, Éder Rampagne Castedo, à polícia, após ele ter quebrado o regime semi-aberto. Éder estava na casa de um amigo, segundo Lorraine, quando foi preso.

De dentro do Presídio de Segurança Máxima da Capital, Éder então, por telefone, mandou que seu irmão, Cristian Rampagne Castedo matasse as duas, enquanto que Lorraine teria facilitado o crime, como a entrada dele na casa, por ser amiga de Claudia. Outro suspeito, único que está foragido, é Weber de Sousa Barreto, que ajudou Cristian a matar as duas.

Versões dos suspeitos – Éder, conhecido como Corumbá e que se diz profissional de design, estava preso por tráfico de drogas e não assume romance com Lorraine, mas confessa conhecê-la. Ele diz que não conhece as vítimas e que não mandou matar as duas. Lorraine diz que “só ficou” com Éder e que não tinha mais contato com ele quando as mulheres foram assassinadas. “Não sou namorada dele, ele tem muitas namoradas”, disse Lorraine sobre Éder.

Conforme as investigações, Lorraine estava brigada com Regina, mas não com Claudia, embora ela também ter colaborado com a denúncia sobre Éder. A polícia tem imagens de Claudia e Lorraine lanchando em uma padaria da Capital na noite do crime, e a suspeita é de que o passeio fazia parte da preparação para o assassinato que aconteceria mais tarde. Lorraine afirma que mal conhecia Regina, mas que era amiga de Claudia há oito anos.

Em depoimento à polícia, Cristian, irmão de Éder confirmou o assassinato e a versão das investigações, no entanto, agora, ele coloca a responsabilidade maior pelo crime nas costas de Weber, que está foragido. “Meu irmão não tem nada a ver com isso. Tudo foi o Weber”, diz ele, entrando em contradição quando afirma que ajudou a matar, negando dizer o motivo de sua participação.