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Paz na Palestina depende de postura americana

O cessar-fogo na Faixa de Gaza permitiu uma noite aparentemente tranqüila de domingo (18) para segunda-feira (19), mas de nada vai adiantar se não houver uma mudança de postura dos Estados Unidos e de Israel em relação às organizações palestinas, como o Hamas. Essa é a opinião da diretora adjunta do Programa de Estudos sobre o Oriente Médio da Universidade de Winsconsin, nos Estados Unidos, Jennifer Loewenstein.
“Não é possível evoluir da atual situação para algo parecido com uma paz justa até que os Estados Unidos e Israel reconheçam o Hamas, conversem com ele e deixem território que foi estrangulado até a Faixa de Gaza”, afirmou ela.
Para a pesquisadora, ainda que não existisse o Hamas, haveria da mesma forma a disputa pelo território na Palestina. A questão, lembra Loewenstein, é que Israel não aceita a existência de um Estado palestino na região. “Se há um Estado judeu exclusivista, ele não tem nenhum real desejo de deixar o controle da terra, dos recursos naturais ou de dividir aquele território com outra população que não seja de judeus. Esse é um problema muito sério, porque é racismo, é nacionalismo e é misturado com religião”, observou.