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BC já usou US$ 61 bilhões para conter alta do dólar

Em agosto, antes do início da crise, elas eram de aproximadamente US$ 205 bilhões

As intervenções do Banco Central na tentativa de frear a alta do câmbio já somaram US$ 61 bilhões desde setembro de 2008. Desse total, US$ 14,3 bilhões foram aplicados em vendas de dólares no mercado à vista, enquanto os US$ 46,7 bilhões restantes referem-se a operações que não trazem impactos sobre as reservas internacionais, entre elas os swaps cambiais. Apesar das intervenções diretas no mercado de câmbio, as reservas fecharam janeiro no patamar de US$ 200,8 bilhões. Em agosto, antes do início da crise, elas eram de aproximadamente US$ 205 bilhões.

Os números foram apresentados pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Ele destacou que, no mercado interno, a estratégia para resolver o problema do enxugamento de crédito foi usar os depósitos compulsórios, ação que já liberou ao sistema financeiro US$ 99,2 bilhões até o final do mês passado. Antes da crise, os compulsórios somavam R$ 259,4 bilhões. "O Brasil não precisou usar recursos públicos para injetar liquidez no mercado", ressaltou.

Meirelles insistiu que a situação do crédito no País está voltando à normalidade. Ainda assim, os dados apresentados ontem mostraram um quadro de fracas operações. A média diária de contratações de linhas de Adiantamento sobre Contrato de Câmbio (ACC) por exportadores foi de US$ 111 milhões no período entre 19 e 23 de janeiro. Na semana entre 15 e 19 de setembro, ou seja, data da quebra do Lehman Brothers, que marca a piora da crise financeira internacional, a média de ACC foi de US$ 186 milhões.