Quatorze anos depois, o Brasil voltou a ter déficit na balança de veículos. O resultado negativo de janeiro – 16 mil carros importados a mais do que os exportados – não ocorria desde março de 1995, no auge das importações do Plano Real, quando chegou a 24,7 mil unidades.
Enquanto a crise global derruba as exportações brasileiras para mercados vizinhos, como Argentina e Venezuela, as montadoras promovem as vendas de carros de médio e grande portes importados, principalmente do México – desde o acordo de livre comércio de 2007 eles não pagam tarifa de importação.
Os economistas ficaram surpresos com licenciamento recorde de 38,6 mil veículos importados em janeiro, que superou até mesmo os 37,4 mil de setembro, quando as vendas ainda estavam a todo vapor. Parte desse resultado pode ser atribuído ao emplacamento de carros importados que já estavam nos estoques. Analistas e empresários não arriscam prever se o déficit ocorrido em janeiro vai se manter, mas é consenso que o superávit de US$ 1 bilhão de 2008 diminuirá.
