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População está mais consciente sobre doação de órgãos

Cada receptor recebe um órgão, isso significa que um doador vai beneficiar no mínimo duas pessoas

A Central de Transplantes do Estado realizou, nesta semana, quatro transplantes de rins, e deve realizar mais quatro de córneas. Os órgãos são de doadores da capital e de Dourados. As cirurgias resultam de maior conscientização da população que vê na doação, uma extensão da vida do ente querido. Com isso a fila vai diminuindo.

Cada receptor recebe um órgão, isso significa que um doador vai beneficiar no mínimo duas pessoas. Nos casos desta semana, cada doador está beneficiando quatro pacientes já que, cada família permitiu a retirada dos rins e das córneas. Os receptores dos olhos não fizeram a cirurgia ainda, porque é preciso análise mais detalhada das córneas que, podem ficar em líquido de preservação por até 14 dias. Os especialistas preferem fazer a cirurgia o mais rápido possível por causa da qualidade do tecido, afirma Claire Carmem Miozzo, coordenadora da Central.

Para Claire, a população está mais consciente porque tem mais acesso as informações. “Havia um tabu por medo de antecipação da morte para comercialização de órgãos, mito derrubado pela ciência e pela divulgação dos resultados bem sucedidos,” enfatiza. Ela diz ainda, que a entrevista com a família é a última etapa da doação.

Outro fator importante é a parceria entre os profissionais médicos e agentes da área de saúde para divulgação das notificações por morte encefálica, possibilitando a busca por doadores. Hoje, em Mato Grosso do Sul, a fila registra 338 pessoas a espera de um rim, 87 em busca de uma córnea, 15 lutam por um coração e quatro esperam por ossos.