Veículos de Comunicação

Oportunidade

Bolívia recebe ajuda para combater epidemia de dengue

A Bolívia publicou um boletim epidemiológico com oito mil casos da doença, sendo 73% em Santa Cruz de La Sierra

De janeiro até agora, a Secretaria de Estado de Saúde (SES), registrou 21 casos confirmados de dengue em Corumbá. Janeiro começou com seis casos, com ligeiro aumento no começo de fevereiro. Não há confirmação de dengue hemorrágica. A maior preocupação das autoridades é com a faixa de fronteira, já que o país vizinho sofre com uma epidemia.

A Bolívia publicou um boletim epidemiológico com oito mil casos da doença, sendo 73% em Santa Cruz de La Sierra. O diretor de vigilância sanitária da SES, Eugênio Oliveira Barros, esteve em Corumbá no início da semana para verificar in loco, as conseqüências para Mato Grosso do Sul. Lá, constatou que os bolivianos precisam de auxílio e com a equipe de técnicos da Secretaria, fez um levantamento do Índice Rápido do Aedes Aegypt (Lira), reuniu com a equipe de controle de vetores, revisou a estratégia de combate e providenciou a aceleração dos resultados do laboratório.

Em Corumbá foram encontrados riscos de agravamento da doença. Cerca de 4% das casas visitadas estavam com larvas do mosquito. O índice aceitável pelos padrões internacionais é de uma casa em cada cem. “Estamos fazendo a prevenção para impedir que o problema do país vizinho afete a população sul-mato-grossense; trabalho difícil por causa da fronteira seca,” afirmou. O intercâmbio entre os países agiliza o combate à doença. Por isso, acontece também o apoio técnico para borrifação nos dois lados.

Equipes da SES estão na região de fronteira. O apoio dado, foi intensificado com a solicitação da Organização Panamericana de Saúde (Opas). Com isso há um aumento no volume de larvicida e inseticida para usar em conjunto com as autoridades bolivianas. O governo do Estado também ajuda na campanha educativa pela conscientização da população dos dois países.

O executivo estadual deve ainda emprestar bombas de borrifação costal à cidade de Santa Cruz. Segundo Eugênio, ela é mais eficiente que o popular fumacê – aplicação de veneno por borrifação veicular – por facilitar a distribuição de veneno em todos os cantos das áreas infectadas.