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Bancos reservam R$ 7 bi para se proteger de calotes

Cinco maiores instituições do País elevam provisão contra créditos duvidosos

Os cinco maiores bancos brasileiros aumentaram em quase R$ 7 bilhões, no último trimestre de 2008, as provisões adicionais para se proteger contra eventuais calotes. Esse dinheiro é classificado como adicional porque supera o montante que as instituições financeiras, por determinação do Banco Central, devem separar para cobrir créditos considerados de retorno duvidoso. O banco que fez a maior provisão adicional foi o Itaú-Unibanco, que reservou R$ 3,02 bilhões. "Achamos que era prudente reforçar o balanço, especialmente por causa do cenário incerto”, disse o presidente-executivo do grupo, Roberto Setubal. "O ajuste da economia mundial levará algum tempo e reduzirá o crescimento, aumentará o desemprego e a inadimplência." Os bancos públicos já tinham feito esse movimento preventivo. O Banco do Brasil reservou R$1,7 bilhão e a Caixa Econômica Federal, R$ 1,3 bilhão. Outros bancos privados fizeram provisões menores. O Bradesco separou R$ 697 milhões e o Santander Real, R$ 166 milhões.