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Sindicatos vão à Justiça contra a Embraer

Segundo a juíza Ivani Contini Bramante, ?a despedida coletiva não é proibida, mas está sujeita ao procedimento de negociação coletiva?

As 4 mil demissões da Embraer serão questionadas pelos sindicatos na Justiça. A informação foi dada ontem pelo presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva. As entidades vão usar um precedente do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo para justificar o processo. Em dezembro passado, o tribunal paulista determinou que a Amsted Maxion Fundição e Equipamentos Ferroviários reintegrasse 600 funcionários demitidos sem notificação prévia ao sindicato. Segundo a juíza Ivani Contini Bramante, “a despedida coletiva não é proibida, mas está sujeita ao procedimento de negociação coletiva”.

Os funcionários da Maxion foram reintegrados e 45 dias depois a empresa chamou o sindicato para negociar, ofereceu um benefício de R$ 1,5 mil e os trabalhadores concordaram com o desligamento. O presidente da Embraer, Frederico Fleury Curado, esteve ontem com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para explicar as demissões, atribuindo o corte ao arrefecimento da demanda internacional. As explicações foram aceitas pelo presidente Lula, que não pediu para a empresa recontratar os funcionários, segundo o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge.