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Resultados da AIG e do HSBC fazem os mercados desabar

O Ibovespa, índice acionário composto pelos 66 papéis mais líquidos da BM&F Bovespa, recuou 5,1%, aos 36.234 pontos

O primeiro dia útil de março foi de piora nos humores dos mercados de capitais ao redor do globo. O maior prejuízo trimestral da história empresarial dos Estados Unidos, de US$ 61,7 bilhões, anunciado pela seguradora AIG, que mesmo assim recebeu novo aporte estatal de US$ 30 bilhões, e a queda de 62% no lucro anual do HSBC deram o tom do dia. Indicado pelo Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) para assumir a gigante do setor de seguros, Edward Liddy demonstrou desolação. “O mercado está em uma posição miserável.” Ele complementou que a companhia levará anos para se recuperar, enquanto o Tesouro norte-americano cogitou novos desembolsos à AIG.

O Ibovespa, índice acionário composto pelos 66 papéis mais líquidos da BM&F Bovespa, recuou 5,1%, aos 36.234 pontos. A única alta do dia foi registrada pela Natura, com modesto 0,14%.

Outro fator que empurrou os mercados acionários para baixo foi o ceticismo com que analistas têm recebido, na prática, o socorro às instituições financeiras. “Parece cada vez mais evidente que o governo dos Estados Unidos terá de possibilitar que os ativos imobiliários ganhem o valor adequado, que é o mais difícil para operacionalizar a salvação ao sistema”, explica o gestor da InvestCerto, Luiz Rogé.

Nos Estados Unidos, o Índice Dow Jones recuou mais de 4%, voltando para os níveis de 1997. Europa e Ásia também se desvalorizaram no dia.