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Trabalhadores do frigorífico Marfrig ameaçam entrar em greve

Os trabalhadores do frigorífico Marfrig, de Bataguassu, ameaçam entrar em greve se os patrões não aceitarem um ganho real acima da inflação na negociação salarial da nova Convenção Coletiva de Trabalho 2009/10. Os empresários ofereceram apenas 3% de reajuste, que foram rejeitados pelos empregados em assembléia geral realizada recentemente. A informação é do presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Mato Grosso do Sul – FTIA/MS, Vilson Gimenes Gregório.
Acompanhado de Alexandre Costa, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vilson participou da assembléia geral, promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação, Panificação, Confeitaria, Laticínios, Frigoríficos, Conservas, Açougues e Matadouros de Bataguassu e, segundo ele, a decisão dos empregados foi unânime: partem para a greve geral se a proposta patronal não evoluir para percentual acima da inflação.
Vilson Gimenes explicou que a negociação emperrou a partir do momento em que duas entidades o Sindmassas e o Sindicato dos Trabalhadores em Frigoríficos resolveram acatar a proposta patronal de 3% de reposição salarial, bem abaixo de qualquer índice inflacionário. “Foi precipitada essa atitude dos companheiros que deveriam brigar mais para avançar nas negociações”, explicou. Outras lideranças sindicais foram mais duras com a atitude dessas duas entidades. Houve até quem afirmasse que elas preferiram “agradar” a classe patronal em detrimento dos trabalhadores, ao aprovar os 3%.
O presidente da FTIA/MS pede muita cautela dos sindicalistas nesse período de negociação salarial e fechamento das Convenções Coletivas de Trabalho. “Não podemos aceitar de cara o que os patrões nos oferecem. Precisamos saber negociar. Afinal, é o interesse do trabalhador que está em jogo. Não se trata de uma questão pessoal e sim coletiva”, reforçou.
Quanto aos trabalhadores do frigorífico Marfrig, de Bataguassu, Vilson Gimenes disse que a federação e a CUT darão todo apoio para que o movimento ganhe a força necessária para reverter essa proposta “miserável” de apenas 3% de reposição salarial. “Nós vamos para a luta na defesa dos interesses dos trabalhadores”, comentou.