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Indústrias paulistas já demitiram 43 mil trabalhadores

Segundo dados do IBGE, o emprego na indústria registrou a maior queda frente

O nível de emprego da indústria de transformação do Estado de São Paulo fechou fevereiro com recuo de 1,8% na comparação com janeiro, nos dados sem ajuste sazonal, segundo levantamento da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) divulgado nesta quinta-feira. Com isso, o setor, que registra a quinta queda consecutiva, fechou 43 mil vagas no último mês. Apesar disso, o Sensor Fiesp, que capta as expectativas futuras dos empresários, voltou a sinalizar otimismo.
Em relação a fevereiro do ano passado, a queda no nível de emprego foi de 4,57%, o que representa um corte de 112.500 vagas nesta base de comparação. Considerando os dados com ajuste sazonal, que elimina características específicas de cada período, a baixa/alta no emprego no mês passado foi de 2,09%.
No mês passado, dos 22 setores, 20 tiveram desempenho negativo, dois mais contrataram que demitiram.
O que mais contratou foi o de couro, fabricação de artigos de couro, viagem e calçados, com 0,6% de alta no nível de emprego, seguido por produtos diversos, com 0,5%. Os que mais demitiram foram outros equipamentos de transporte (exceto veículos automotores, incluindo setor naval, ferroviário e aeronáutico), com queda de 18,4%, e máquinas e equipamentos, com recuo de 3,5%.

IBGE

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados ontem (12), mas relativos à janeiro, o emprego na indústria registrou a maior queda frente ao mesmo período do ano anterior já vista na série histórica, iniciada em 2001. A queda foi de 2,5% ante janeiro de 2008, e de 1,3% em relação a dezembro passado (a quarta mensal consecutiva).
Na terça-feira (10), o IBGE informou que a economia brasileira teve no quarto trimestre do ano passado uma queda de 3,6% em relação ao terceiro trimestre.
Segundo a gerente de contas trimestrais do IBGE, Rebeca Palis, o resultado foi puxado pela indústria e os investimentos. "Todos os setores tiveram desaceleração nos resultados no quarto trimestre, mas na indústria foi pior", disse. O PIB industrial recuou 7,4% entre o terceiro e o quarto trimestre, enquanto os investimentos caíram 9,8%.