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Três Lagoas

Entrega de resfriadores comunitários do MS Leite começa nesta sexta em Três Lagoas

Em Três Lagoas, serão entregues dois equipamentos com capacidade de resfriar 2 mil litros/dia

A realidade do mercado leiteiro em Mato Grosso do Sul começa a tomar nova forma a partir desta sexta-feira (13). O governador André Puccinelli e o diretor-presidente da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), José Antônio Roldão, realizam amanhã (13) a entrega  dos primeiros resfriadores comunitários dentro do projeto MS Leite, que contém ainda os programas Balde Cheio e Cooperar Leite.

Ao todo, foram adquiridos 153 resfriadores, que irão beneficiar produtores em 49 municípios. Em Três Lagoas, serão entregues dois equipamentos com capacidade de resfriar 2 mil litros/dia. Cada máquina envolve investimento da ordem de R$ 30 mil, sendo R$ 15 mil cada.

Com os equipamentos, serão beneficiados 59 produtores de duas associações: Associação dos Pequenos Produtores Rurais da Piaba (14) e Associação dos Agricultores do Assentamento Pontal do Faia (45). O principal ganho para os produtores está na autonomia, além de melhorar a produção, a qualidade do leite e incremento de recursos em circulação no município e no Estado.

“A instalação de um resfriador na comunidade fortalece a união dos produtores e amplia o poder de barganha. Um laticínio, via de regra, não vai querer comprar 50 litros de cada produtor. Mas quando 10 produtores se juntam para vender 50 litros cada, já se têm 500 litros, o que possibilita negociar preços melhores”, afirma Denise de Miranda, gestora de desenvolvimento rural da Agraer.

O poder de barganha também aumenta para aquisição de sal, ração e medicamentos. Além disso, a assistência técnica da Agraer auxilia na organização interna da associação de produtores. “A Agraer orienta sobre alimentação, tratamento de doenças e melhoria das condições sanitárias”, explica Denise.

Atualmente, os produtores de leite enfrentam o fato de não saber como e quando será entregue o leite produzido, pois isto é responsabilidade do laticínio. De 1990 a 1997, o crescimento do setor leiteiro foi de 81% no Centro-Oeste. Pelo censo do IBGE de 2006, 23.451 estabelecimentos estavam produzindo leite em Mato Grosso do Sul, alcançando a marca de 393 milhões de litros/ano.

Ao todo, 49 municípios receberão os resfriadores: Amambai, Anastácio, Anaurilândia, Angélica, Bataguassu, Batayporã, Bodoquena, Brasilândia, Caarapó, Camapuã, Corumbá, Costa Rica, Campo Grande, Deodápolis, Dois Irmãos do Buriti, Eldorado, Fátima do Sul, Figueirão, Guia Lopes da Laguna, Itaquiraí, Ivinhema, Japorã, Jaraguari, Jardim, Jatéi, Juti, Ladário, Laguna Carapã, Maracaju, Mundo Novo, Naviraí, Nioaque, Nova Andradina, Paranaíba, Pedro Gomes, Ponta Porã, Porto Murtinho, Rio Brilhante, Rio Negro, Rio Verde de Mato Grosso, São Gabriel do Oeste, Sete Quedas, Sidrolândia, Santa Rita do Pardo, Taquarussu, Terenos, Três Lagoas e Vicentina.

Das 153 máquinas, 135 delas tem capacidade para processar 2 mil litros de leite; 16 são para 3 mil litros e duas unidades para mil litros.