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Juíza apoia o ilegal. E daí?

Liminares impedem que prefeitura do Rio e governo do estado derrubem construções sem licença em favela e no asfalto

Uma juíza do Plantão Judiciário, Regina Lucia Passos, da 1ª Vara de Família da Barra da Tijuca, concedeu duas liminares de madrugada, que colocam em xeque a ação do governo do estado e da prefeitura do Rio contra obras ilegais. A decisão judicial impediu a demolição de construções consideradas ilegais. O prédio conhecido como Minhocão da Rocinha e um minishopping construído às margens de um rio na Taquara caracterizado como um crime ambiental. O secretário municipal de urbanismo, Sérgio Dias, afirmou que a decisão é um incentivo às construções irregulares. Para o prefeito Eduardo Paes, a juíza tomou a decisão sem saber que o poder público já tinha agido. Paes lembrou que o proprietário do imóvel foi notificado e multado antes da ordem de demolição. A dona do Minhocão é Maria Clara Santos, conhecida como MC Boquinha, de 44 anos, e ligada ao vereador e líder comunitário da favela, Claudinho da Academia (PSDC), suspeito de compra de votos. Os advogados que assinaram o pedido de liminar foram nomeados e trabalham como comissionados no gabinete de Claudinho. No final da noite, eles deixaram o processo.