Veículos de Comunicação

4

Crédito continua inacessível, diz CNI

Para o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, o governo terá de destravar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e tirar do papel o Fundo Garantidor

A falta de liquidez na economia representa o principal entrave para reduzir os efeitos da crise, na avaliação de Armando Monteiro Neto, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Esta falta de fluidez do crédito afeta principalmente as pequenas e médias empresas, diz ele. “O crédito continua inacessível. Quando existe, é curto e caro”, resume o presidente da CNI.

Para o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, o governo terá de destravar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e tirar do papel o Fundo Garantidor. Mesmo com estas medidas, dificilmente a expansão da economia deverá ultrapassar 1%. Belluzzo considera inevitável uma alteração da taxa de rentabilidade da caderneta de poupança. “Não é mexer na taxa, é ajustar, porque não dá para a poupança concorrer com a Selic”, afirma o economista.

O economista Roberto Troster, sócio da Integral Trust, afirma que “o governo está tratando a crise como se fosse uma questão de psicologia social”. Para Troster, o modelo de política econômica estava esgotado e a economia brasileira já apresentava desaceleração antes do agravamento da crise em setembro do ano passado.

De acordo com o economista, depois do erro de avaliação do governo, o desempenho em 2009 caiu para segundo plano e o importante é se concentrar no crescimento de 2010 e 2011.