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Comércio ilegal de armas influencia nos roubos

No primeiro bimestre de 2009, a Polícia Militar retirou de circulação o total de 72 armas de fogo

O comandante da PM também relaciona o alto índice de assaltos ao comércio de armas ilegais na Cidade. “Hoje, as armas chegam muito fácil ao Município. São muitas portas. A principal culpa é dessa divisa”, explicou.
Para Geraldo, a principal porta para a entrada de armas em Três Lagoas é a divisa com o Estado de São Paulo. O tenente-coronel explica que as armas vêm de países como Bolívia e Paraguai, porém são destinadas aos “grandes” do tráfico e, somente depois, chegam às mãos do que foi chamado por ele de “baixo clero no crime”.
“Quando elas ficam obsoletas, são destinadas para cá. Tanto que são armas antigas que nós apreendemos”.
Além disso, a polícia também lida com o problema de alugueis de armas de fogo para crimes. Atualmente, o tipo de negócio é conhecido pela polícia, porém nunca chegou a ser totalmente comprovado. O custo da locação pode variar conforme acordado entre as duas partes. Entretanto, muitas vezes o pagamento é feito por meio do que for conseguido na ação.
“Se não tivéssemos feito aquela apreensão de fevereiro, estes números de assalto poderiam estar maiores”, disse Geraldo.
A operação citada por ele aconteceu no dia 20 de fevereiro, durante uma Operação Arrastão da Polícia Militar. Em uma das casas vistoriadas pelos militares, foram apreendidas mais de 30 armas, entre revólveres, espingardas e garruchas e outras 30 desmontadas. Duas pessoas forma presas.
No primeiro bimestre de 2009, a Polícia Militar retirou de circulação o total de 72 armas de fogo. Pelo levantamento, foram três armas em janeiro e outras 72 no mês de fevereiro, sendo 60 delas apenas na operação.

TRÁFICO

Além do fácil acesso a armas, Geraldo, mais uma vez, destaca o consumo de drogas como um dos fatores predominantes no aumento da criminalidade. “O consumo existe em qualquer classe social. Porém, no caso do jovem rico, o papai dá mesada e ele compra. Agora, o pobre tem que roubar para manter o vício”.
Nos três primeiros meses do ano, 25 bocas de fumo foram fechadas na Cidade, sendo duas em janeiro, 11 em fevereiro e 12 em março. A maioria delas comercializava crack ou zuca, hoje as drogas mais consumidas no Município. (R.P)