Avesso a badalações, com exceção a freqüência no carnaval de Salvador, o simpático e grande estudioso da língua portuguesa Alexandre Barillari, de 34 anos, nos recebeu no quarto do Hotel Vila Romana, onde está hospedado
Barillari está
CARREIRA
Com oito novelas entre a rede Globo, Sbt e Record, a novela que levou o ator para os braços do público foi Salsa e Merengue da rede Globo, em 1996, quando viveu Antônio. Barillari também participou de Malhação; na novela, viveu Tadeu de 1998 ao início de 2000. Após Malhação fez uma participação rápida na novela global o Cravo e a Rosa, quando fez Edmundo. Ainda em 2000 foi para a rede Record e encarnou Aquiles na novela Vidas Cruzadas. Em 2003 ele atuou ao lado da atriz Mariana Ximenes na trama global das seis, Chocolate com Pimenta, quando deu vida a Beto. Interpretou o doutor Fábio na trama global de Aguinaldo Silva, Senhora do Destino em 2004. Mais uma vez teve papel de destaque na Globo quando se revestiu do vilão Guto
BATE PAPO
JPTL: Como foi o início de sua carreira artística?
Alexandre: “Minha primeira aparição na TV foi aos nove anos, na primeira versão do Sítio do Picapau Amarelo. Participei de vários episódios; fiz o Pinóquio, o João (do conto João e Maria) e em um outro fui um índio. Além disso, sempre participei de um grupo de teatro amador”.
JPTL: Quando veio o sucesso de verdade?
Alexandre: “Sem sombra de dúvidas foi quando interpretei Antônio, de Salsa e Merengue. Na trama, fui o filho da atriz Arlete Salles que tinha um buffet e um Cerimonial no subúrbio do Rio de Janeiro e fazia bailes de debutantes. Nesse período, viajei o Brasil inteiro para participar de bailes de debutantes Em que não dançava valsa e, sim, salsa, justamente como o personagem na novela”.
JPTL: Você é formado em Arquitetura pela UFRJ, como partiu para o lado artístico?
Alexandre: “Partir para o lado artístico foi a contragosto de meus pais, não vivo de arquitetura hoje e a exerço como um hobby, é diletantismo puro. Tanto que meu apartamento no Leme (Rio de Janeiro), fui eu quem desenhei”.
JPTL: Você já passou pela Rede Globo, Sbt e Record, o que nos diz sobre “apadrinhamento” para os atores conseguirem se encaixar nas tramas, levando em conta que a maioria dos protagonistas sempre são os mesmos?
Alexandre: “Eu não chamaria de apadrinhamento e, sim, de Afinidades Eletivas, em que cada autor deseja casar a sua combinatória de palavras e a organização dos conteúdos do seu pensamento com a expressão definitiva de um ator. As afinidades existem, e cada autor tem o livre arbítrio de escolher quem acha que vai viver melhor seu personagem”.
JPTL: Quais foram as pessoas que mais contribuíram para seu crescimento pessoal e profissional?
Alexandre: “Posso dizer que Miguel Falabella e Walcyr Carrasco foram duas presenças muito fortes em minha carreira”.
JPTL: De onde surgiu essa parceria com o circo?
Alexandre: “O Marcos sempre levou colegas para o circo; nossa parceria surgiu quando fiz a novela Salsa e Merengue. Minha participação nos picadeiros completou 12 anos”. No circo, passo diversas datas comemorativas e até meus aniversários, sinto como se fosse da família, como se fosse parte da minha vida”.
JPTL: Como analisa a programação da TV brasileira hoje?
Alexandre: “Acredito que a TV continua mostrando o que o povo quer ver. Se não existe audiência, não há investimento; e se não há subvenção, não há programação. Um exemplo claro disso é quando a Globo gasta uma fortuna na produção de um segmento cultural, como a A Pedra do Reino e Capitu, exibidos recentemente. A audiência foi um fiasco, mas foi prestigioso para o canal, o que compensa os prejuízos. Em síntese, a programação é conseqüência dos anseios de uma massa espessa que projeta na programação os seus desejos, dos sórdidos aos louváveis".
Para saber mais sobre o ator, acessem sua página pessoal na web: www.alexandrebarillari.com.br