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Brasil vai emprestar US$ 4,5 bilhões ao FMI

O gesto do Brasil, ao inverter a mão e conceder um empréstimo ao FMI, é considerado mais relevante em termos políticos do que econômicos

Após sucessivas idas ao Fundo Monetário Internacional (FMI) como tomador de recursos, o Brasil trocou de posição e agora vai se tornar credor do fundo. O País decidiu emprestar US$ 4,5 bilhões ao FMI para capitalizá-lo e, com isso, passou a fazer parte da lista de credores da instituição, composta hoje por 47 nações, de um total de 185 membros. Ao comentar a decisão, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que esses empréstimos são "aplicações com retorno garantido".

O gesto do Brasil, ao inverter a mão e conceder um empréstimo ao FMI, é considerado mais relevante em termos políticos do que econômicos. Emblemático. Esta foi a definição feita por Newton Rosa, economista-chefe da SulAmérica Investimentos, ao comentar a decisão do Brasil de se tornar um dos países que financiam o fundo. "O Brasil, ao longo da história sempre passou com o pires na mão, pedindo ajuda, agora inverter esta posição é, no mínimo, um gesto emblemático."