Veículos de Comunicação

Três Lagoas

Retorno antecipado de presas é rejeitado

A direção do presídio explica que, por conta da licitação, não há como acelerar a obra

As internas que foram transferidas no ano passado por conta da interdição da unidade penal terão de aguardar até o termino da reforma do Presídio Feminino para poder retornar. Segundo a diretora da unidade, Marcela Maio, embora tenha sido cogitada pelos familiares das internas que o presídio liberasse duas celas para as presas, o judiciário não autorizou a medida.


“Muitos familiares me procurou para nos fazer esta proposta, mas, infelizmente, esta decisão realmente foge da alçada da direção. Além disso, há o problema com o cronograma da obra, acertado na licitação, não tem como pedir para a empresa agilizar a reforma. E mesmo se pudesse, como poderíamos escolher quem poderia retornar? Entendo o sofrimento de muitas famílias, mas não há o que fazer”, justificou Marcela.


A diretora explica que o prazo final para a entrega da reforma, iniciada em fevereiro deste ano, é até setembro, porém há uma expectativa de que ela seja concluída antes. “Por enquanto estamos dentro do cronograma. As obras estão caminhando dentro do esperado e até um pouco adiantadas, é bem possível que termine antes do prazo”, disse.


Hoje, algumas celas da unidade penal já estão com o piso novo instalado. Os próximos passos agora, serão trocar toda parte elétrica e hidráulica do prédio. “Este presídio é muito antigo e nunca recebeu uma grande reforma, além disso, o prédio abrigava um número maior de presos. A situação realmente estava muito precária”.


A diretora explica também que a reforma deverá beneficiar as próprias internas, principalmente às mães. “Acredito que a obra irá beneficiar mais as internas que virão do que as que cumpriam pena aqui, já que muitas delas já pagaram suas divididas perante a sociedade e estão em liberdade”, disse.


Marcela não soube informar quantas internas de Três Lagoas já cumpriram suas penas, ou quantas retornarão à Cidade após o término da obra. No entanto, ela arrisca que o número de internas da unidade penal permanecerá o mesmo de antes: 58 presas (capacidade máxima do presídio). “Da mesma forma que sei que muitas internas foram colocadas em liberdade, também sei que outras foram presas na Cidade e transferidas diretamente para as outras unidades penais do Estado”, explica.


Desde o dia 14 de novembro do ano passado, as internas que cumpriam pena no regime fechado foram distribuídas em cinco unidades do Estado: Bataguassu, Corumbá, Rio Brilhante e São Gabriel do Oeste. Em fevereiro, por conta da longa espera pelo retorno, familiares realizaram uma manifestação. Com faixas na mãos, pais, mães e maridos partiram a pé da unidade penal e foram até o prédio do Fórum.


Hoje, 15 pessoas trabalham na reforma da unidade penal do Município. A obra, orçada em R$ 600 mil (aproximadamente), é gerenciada pela Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul).