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Três Lagoas

Manifestantes transtornam região de bancos

Em todo o Estado, vigilantes entraram em greve por reajuste salarial, por tempo indeterminado

Agências do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, por recomendação da Polícia Federal, não abriram ontem (16), informou o Sindicato dos Bancários de Campo Grande. Em Três Lagoas, na parte da manhã, a agência do BB próximo da sede da Polícia Federal, no bairro Alvorada, estava guardada por uma viatura da PF.


A medida, segundo o Sindicato dos Bancários, fora tomada devido à greve dos vigilantes, deflagrada ontem e sem data para acabar.


A entidade informou que outras agências também poderiam interromper o atendimento à tarde por falta de segurança.


Os vigilantes avisaram que iam entrar em greve três dias atrás. De acordo com o diretor do Sindicato dos Empregados de Segurança e Vigilância e Transporte de Valores de Campo Grande e Região, Gilson Batista Pereira, ao menos 700 vigilantes aderiram ao manifesto, que não tem data para acabar.


Ele disse ainda que o sindicato havia encaminhado pela manhã um ofício à Polícia Federal onde denuncia algumas agência da Capital que estariam funcionando com apenas um vigilante. “Isso põe em risco a vida dos clientes e também do trabalhador”, disse Pereira.


O sindicalista informou ainda que a categoria disputa por um reajuste salarial de 18%, aumento na distribuição do vale-refeição e ainda um adicional de 30% sobre o salário porque os trabalhadores mexem com atividade de risco. Ele disse que o sindicato patronal ofereceu aumento de 8%, mas a proposta fora rejeitada. O salário médio de um vigilante de banco é de 617.

LOCAL

Vigilantes que atuam em Três Lagoas, acompanhados de companheiros de Campo Grande, inclusive pertencentes à Central Única dos Trabalhadores (CUT), se postaram em frente às agências localizadas na avenida Antônio Trajano e na rua Paranaíba, fazendo apitaço e impedindo que carros-fortes operassem. A manifestação foi pacífica, embora algumas pessoas, clientes dos bancos, se mostrassem irritadas com a situação.


Mas, não houve discussões entre os manifestantes e o público. “Em São Paulo é diferente; lá os companheiros têm um teto salarial de R$ 1.200,00, mais tíquete alimentação no valor de R$ 300,00. Aqui [MS] é isso: salário de R$ 660 paus e tíquete de R$ 70,00”, explicou um dos líderes dos manifestantes.