Veículos de Comunicação

Oportunidade

Fetems mobiliza professores em defesa do Piso Salarial

A movimentação faz parte da 10ª Semana Nacional da Educação

No dia 24 de abril, não vai ter aula no Brasil. Pelo menos esse é o tema da mobilização nacional dos trabalhadores em educação em defesa da escola pública que acontece nessa sexta-feira pela implementação do piso nacional em todos os estados e municípios.

A movimentação faz parte da 10ª Semana Nacional da Educação, promovida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).

A Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (FETEMS), reúne na praça Ari Coelho dia 24 (sexta-feira) representantes de 69 municípios filiados a entidade para uma caminhada nas ruas da Capital.

Às 9 horas acontece a concentração para a marcha pelo centro da cidade até a Associação dos Municípios (Assomasul), onde será realizado um ato público.

De acordo com levantamento da FETEMS, 20% dos municípios sul-mato-grossenses não pagam o Piso Salarial. Além da mobilização na sexta-feira, amanhã (23) a FETEMS aplica uma pesquisa nas escolas estaduais para saber dos alunos quais são as principais reivindicações em relação a melhorias necessárias nas unidades escolares públicas da rede estadual de ensino público.
Na análise do presidente da FETEMS, professor Jaime Teixeira, os fatores que incidem sobre a qualidade são muitos, complexos e interdependentes. “Financiamento, estrutura, gestão, agências formadoras, características da geração de estudantes são alguns”, cita.


Nesse contexto se inclui a conquista do piso, fato inédito na história da educação brasileira. Com um valor de R$ 950 para uma jornada de até 40 horas semanais, dois terços da qual destinada às aulas, o piso é uma espécie de salário mínimo para os educadores. Ou seja: um passo fundamental no caminho a percorrer para uma efetiva valorização profissional.

 

Outra questão central neste debate é o aumento da hora-atividade, ou seja, a possibilidade de os educadores disporem de maior tempo para planejar, estudar, atualizar-se e acompanhar seus alunos. Em outras palavras: ter condições de buscar a propalada “qualidade” da educação. “É preciso ter consciência que está em discussão o que se quer para a escola pública, onde a maioria são filhos de trabalhadores”, diz.

 

São dois os principais desafios: lutar pela melhoria da qualidade da educação pública e Pública e pela implementação do piso salarial nacional do magistério com a paralisação de 24 horas que faremos na sexta-feira. A FETEMS defende a participação de todos para a consolidação do direito a uma escola que garanta ensino de qualidade com formação adequada ao futuro dos cidadãos.