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Três Lagoas

Servidores municipais voltam a discutir reajuste salarial

O secretário de Finanças, Walmir Arantes, participou da segunda assembleia

Depois de recusarem a proposta do governo municipal, os servidores públicos municipais voltaram a se reunir em assembleia para discutir o reajuste salarial deste ano.
A segunda reunião aconteceu teve início por volta das 18 horas de ontem (22), também no recinto de eventos da Vila Vicentina.
Na semana passada, os servidores recusaram a proposta de 6.25% de reajuste salarial oferecidos pelo Município – menos da metade reivindicada pela classe, 15% de aumento. Desde então – um dia após a primeira assembleia, a rejeição foi entregue ao Município – não houve grandes avanços na negociação, de acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais, José Vieira.
 “Não avançamos em nada em relação ao que havia sido proposto anteriormente. Mas o canal para as negociações ainda estão abertos. Agora, serão os servidores que decidirão, se aceitam retomar as negociações, ou partem para outros caminhos, como os de manifestações e até paralisações. Isto deverá ser decido hoje”, disse (a entrevista aconteceu durante a assembleia geral).

JUSTIFICATIVA

Além do presidente, também esteve presente na assembleia o secretário municipal de Finanças, Walmir Arantes. Ele foi convidado pelo sindicato para apresentar, diretamente ao servidores, a queda na arrecadação municipal, uma das principais justificativas para o não cumprimento das reivindicações da classe.
Segundo Arantes, o cenário da reforma tributária, a crise econômica mundial e uma série de outros fatores impactaram diretamente a receita municipal. Em contrapartida, argumentou, as despesas do Município seguem em ritmo acelerado, por conta do crescimento da Cidade. “Quando o Município cresce, como o nosso está crescendo, também crescem o custeio da máquina, são mais alugueis, mais funcionários, mais iluminação pública e uma série de fatores que custam ao Município”, disse.
Arantes também apresentou aos servidores dados que comprovam a queda na arrecadação municipal nos primeiros três meses do ano.
Ele explica que, se comparado aos seis meses do ano passado, o Imposto Sobre Serviços (ISS) caiu em 30% no primeiro trimestre. Além dele, o Município também registrou uma redução de 13% no Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e 10% sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias. “Além disso, o PIB [Produto Interno Bruto] não deverá aumentar como o esperado. Hoje, caso ofereça mais do que o proposto, estaremos em desacordo com a situação econômica atual. O momento requer cuidados, temos de ter cuidados com a gestão. Este é objetivo da minha vinda, repassar todas estas questões aos servidores”, explicou.
Além dele, também estiveram presentes na mesa a vice-prefeita Márcia Moura e o secretário de Administração Odair Biassi.
Além do reajuste de 6.25%, a Prefeitura também se comprometeu em reabrir as conversações em junho deste ano para discutir mais dois itens solicitados pela classe: a criação do Plano de Cargos e Carreiras e a implantação do benefício do ticket alimentação.
A data base para o reajuste é 1º de maio, o que para o presidente do Sindicato, proporciona mais tempo para as negociações. “Nós temos até o dia 10 de maio para entrar em um acordo”, disse. Até o fechamento desta edição, a assembleia ainda não havia sido encerrada.