O projeto que defende a reserva de vagas nas universidades federais para vestibulandos oriundos de escolas públicas volta a ser discutido. No início da tarde de ontem (23), o Comitê Brasileiro em Defesa da Aprovação do Projeto de Lei Complementar (PCL) 180 promoveu um ato público, no próprio Senado, para que a matéria entre em votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.
O ato contou com a participação de parlamentares, representantes sindicais, movimentos em defesa de negros e indígenas e entidades estudantis e educacionais.
Segundo informações do Comitê, o projeto que veio da Câmara reserva 50% das vagas nas universidades federais e nos cursos tecnológicos para pessoas que estudaram em escolhas da rede pública de ensino. O projeto respeita a proporção de negros e indígenas em cada Estado.
As cotas para alunos da rede pública foram discutidas numa audiência realizada no dia 1º deste mês. Porém, a audiência terminou sem muitos avanços por conta de um requerimento de outro projeto de lei.
Em entrevista à Agência Brasil, a relatora da proposta, Serys Slhessarenko, do PT de Mato Grosso, explicou que, no momento, vem estudando algumas alterações que recebeu para o PCL, mas que acredita na aprovação do projeto o mais rápido possível. “Já tinha dado parecer favorável e a minha vontade é manter esse parecer. Caso aprovado, será uma conquista da sociedade brasileira”, salienta.
