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Três Lagoas

Alunos de Biologia e Enfermagem protestam contra falta de estrutura

Os dois cursos sofrem com a falta de professores efetivos e melhores estruturas

Com narizes de palhaço, faixas nas mãos e palavras de ordem, cerca de 200 alunos da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, campus de Três Lagoas, protestaram em frente à Unidade II, na manhã de ontem (24).

A manifestação foi liderada por acadêmicos dos cursos de Enfermagem e Biologia, revoltados pela falta de estrutura e professores no centro. De acordo com a estudante Olívia Alves da Silva, do curso de Enfermagem, os dois cursos sofrem com a falta de professores efetivos e melhores estruturas, como laboratórios, por exemplo. “Estamos lutando pelos nossos direitos. Só vamos sair daqui quando formos atendidas pela chefe de departamento [Sonia Regina Jurado]”, ameaçou.

Além das reivindicações ligadas à qualidade de ensino, os alunos também se manifestaram para a inclusão de dois nomes no Conselho de Discente do Departamento, sendo Olívia como representante e de outra estudante como colegiado. O objetivo é participar das eleições dos chefes de departamento, que, sendo os universitários, estariam próximas. “Só poderemos participar se formos empossadas”, completa Olívia.

Já a estudante Marina Fugii Souza, do segundo ano de Biologia, explica que o quadro de professores do curso está mais que defasado. Segundo ela, o único professor de Botânica existente dá aulas para o curso de Enfermagem e não para Biologia. “Já realizamos diversos abaixo assinados e levamos todas as deficiências ao conhecimento do Ministério Público Estadual”, completou.

No entanto, o curso de Biologia não é o único que sofre pela falta de professores. De acordo com o professor de Enfermagem, Adriano Mendes Ferreira, hoje o curso conta com apenas três professores concursados na área para atender os 160 estudantes matriculados.

“O curso de Enfermagem foi implantado em 2000, eu não estava aqui ainda. Mas entendo que é um curso importante para a região, já que o mais próximo está em Campo Grande. E, além disso, estamos falando de vidas”, completa.

Em entrevista concedida à TV Concórdia, a coordenadora do Curso de Enfermagem, Andréia Sanches, não se posicionou contra a manifestação dos estudantes. “Eles [estudantes] têm esse direito: de lutar por melhores condições de ensino”. Na entrevista, ela também confirmou a deficiência no quadro de professores.

A manifestação teve início às 7 horas de ontem e, segundo os acadêmicos, só seria encerrada caso a diretoria da Universidade os recebesse.