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Dois milhões de pessoas estão sem emprego

O mercado de trabalho no País reflete as conseqüências da crise financeira

O mercado de trabalho no País reflete as conseqüências da crise financeira. O contingente de desempregados atingiu, em março, cerca de dois milhões de pessoas – o maior contingente em 18 meses – e a taxa de desocupação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada ontem (24), avançou pelo terceiro mês consecutivo para o patamar mais alto desde setembro de 2007, ficando em 9%.
“Temos um cenário econômico não muito favorável, no qual se tem o anúncio de uma crise. Quando o cenário econômico não está favorável, isso se reflete no mercado de trabalho”, afirmou o coordenador da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE,  Cimar Azeredo.
De acordo com ele, a pesquisa de emprego comprova que, em função da turbulência econômica, postos de trabalho deixaram de ser criados e trabalhadores foram dispensados. Como exemplo, Azeredo citou a redução de 1,5% do emprego na indústria de fevereiro para março, o que representa a saída de 54 mil trabalhadores do mercado.
“Esse comportamento da indústria, que não é diferente de outros grupamentos – ainda que menor nos outros – faz com que o mercado [de trabalho], além de não gerar [emprego], registre perda de postos, fazendo com que a fila da desocupação seja ainda maior”, afirmou, ao destacar que o setor industrial é o que apresenta maior taxa de dispensa.