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Neurose da gripe suína já atinge setor de carnes

Na Bolsa de Nova York, as ações da Tyson e da Smithfield também baixaram, 8,87% e 12,4%, respectivamente

Embora não exista evidência de que a gripe suína seja transmitida pela carne de porco, como assegurou a Agência das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), os temores de que a doença poderá reduzir o consumo de carnes já atingem diretamente as empresas do setor. Ontem, as ações do frigorífico JBS caíram 12,23% na Bolsa de São Paulo, as da Marfrig, 4,54% e as do Minerva, 9,59%. A JBS tem indústrias de suínos em Iowa, Minnesota e Kentucky, nos EUA. As outras duas empresas não têm. Na Bolsa de Nova York, as ações da Tyson e da Smithfield também baixaram, 8,87% e 12,4%, respectivamente.

Por trás do mau humor dos investidores está a decisão de China e Rússia em suspender as importações de carne suína do México e de alguns Estados americanos que fazem fronteira com o território mexicano. Indonésia e Tailândia também proibiram as importações dos dois países. Para o Brasil, não é possível saber ainda se o impacto econômico será positivo ou negativo, disse o presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto. Se não houver casos no Brasil, "poderá ser positivo", afirmou.