O déficit habitacional continua sendo um sério problema na cidade de Três Lagoas, a exemplo da maioria dos municípios de todo o Brasil.
Bastou o Departamento Municipal de Habitação reabrir o cadastro para a aquisição da casa própria para famílias com renda familiar de até três salários mínimos (R$ 1,395), para se formarem diariamente enormes filas de espera, na calçada da rua Orestes Prata Tibery, no centro.
Desde terça-feira (28), nos dois períodos de atendimento, a equipe do Departamento de Habitação, coordenado por Cleonice de Fátima Fontoura, vem atendendo 120 pessoas. “Tivemos que limitar o nosso atendimento, distribuindo 60 senhas, por ordem de chegada, em cada período”, informou Cleonice.
“Não haveria necessidade das pessoas se apavorarem, porque estamos somente realizando o cadastro. Não existe, no momento, nenhum projeto em andamento de construção de novas casas e nenhum processo seletivo de famílias para aquisição da casa própria. Não precisa ter pressa”, dizia Cleonice. “O cadastramento das famílias irá continuar de segunda-feira a sexta-feira, nos dois períodos de expediente”, anunciou.
A exemplo do dia anterior, ontem (29), foram atendidas outras 120 pessoas para cadastro, nos dois períodos. Além dessas pessoas que conseguiram ser atendidas, entre as primeiras 60 que chegaram, outras tantas procuravam o Departamento de Habitação para informações.
CADASTRO
Desde 2005, quando a prefeita Simone Tebet criou em sua administração o Departamento de Habitação, diretamente ligado à Secretaria de Assistência Social, vem sendo feito o cadastro das famílias, sem casa própria e que queira participar dos programas habitacionais.
O cadastro, em si, não é a garantia de que a família será inserida nos programas habitacionais dos governos municipal, estadual ou federal. Para tanto, é necessário que a família se enquadre dentro das exigências cadastrais e sociais.
Além das famílias que já foram beneficiadas com a aquisição da casa própria, existem, já cadastradas e esperando a vez, ainda mais de duas mil famílias, com renda de até três salários mínimos.
“Essas famílias, que já se cadastraram, não precisam se preocupar e vir aqui de novo para outro cadastro. Se for necessário atualizar algum documento, nós entraremos em contato com essa família”, explicou Cleonice.
“O que estamos fazendo agora é um novo cadastro, mais completo, e que servirá também para fornecimento de dados a outros programas sociais da Secretaria Municipal de Assistência Social, Trabalho e Cidadania”, informou.
“Estamos também implantando todo um processo informatizado para agilizar o atendimento, sem necessidade de preenchimento à mão de todas essas informações que são necessárias”, comentou.
