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Três Lagoas

Polícia Civil da Cidade não adere à paralisação

Muitos policiais informaram ainda não terem sido informados sobre a paralisação

Cerca de 70% dos policiais civis de Mato Grosso do Sul cruzaram os braços ontem (29) para assembléia do Fórum de Segurança Pública. De acordo com o Sindicato dos Policiais Civil (Sinpol), na manhã de ontem cerca de 700 policiais lotaram a sede da instituição para discutir o assunto.
A estimativa do sindicalista Paulo Carvalho, presidente do Sinpol, é de que mais de mil policiais civis não tenham trabalhado ontem para reivindicar a redefinição do salário da categoria. A categoria pede que, até 2014, o salário seja redefinido em 60% dos vencimentos dos delegados.
No entanto, o Sinpol não contou com a participação dos policiais civis de Três Lagoas. A reportagem esteve nas principais delegacias do Município e pode constatar que, na Cidade, os trabalhos continuaram normalmente. Muitos policiais informaram ainda não terem sido informados sobre a paralisação.
Outro setor que também paralisou as atividades por 24 horas foi o dos trabalhadores do Poder Judiciário do Estado. O presidente do Sindjus (Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul), Noestor Jesus Ferreira Leite, esteve na Assembléia das categorias da Segurança Pública, para propor uma mobilização conjunta com os servidores administrativos do Judiciário.
Ao que foi informado pelos sindicatos, apenas a Polícia Militar (PM) e o Corpo de Bombeiros não aderiram a paralisação. José Floriano de Mello, presidente da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, explicou que como os militares não podem parar. Apenas os que estão de folga compareceram. Ele afirma que a principal reivindicação é corrigir distorções salariais.
Mas Sindjus e Sinpol não foram as únicas categorias a participarem do evento. O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Fernando Anunciação, também esteve na assembléia. Conforme o sindicalista, a perda inflacionária nos últimos seis anos chega a 30% e que o reajuste informado pelo governo não cobre a defasagem.
Hoje, deverá ser divulgado se as categorias deflagrarão, ou não, greve geral. Caso seja decretada, a PM e o Corpo de Bombeiros também não poderão aderir ao movimento. (R.P)