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Desembolsos do BNDES para as indústrias crescem 2.353%

As informações são do Posto de Informações do BNDES na Fiems

Os desembolsos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para as indústrias de Mato Grosso do Sul apresentaram um crescimento de 2.353% no primeiro bimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, saltando de R$ 24,5 milhões para R$ 603,4 milhões. As informações são do Posto de Informações do BNDES na Fiems – Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul -, informando que, no geral, os repasses para o Estado nos dois primeiros meses deste ano foram 724% maiores que os de janeiro e fevereiro de 2008, aumentando de R$ 78,3 milhões para R$ 645,9 milhões.

Segundo análise de Fábio Fonseca, agente do Posto de Informações do BNDES na Fiems, apesar de expressivo, o aumento significa apenas um termômetro do bom ano que foi 2008, já que os recursos liberados nos primeiros dois meses deste ano foram solicitados no ano passado. “Um exemplo disso é que em outros setores da economia estadual há queda nos desembolsos do BNDES”, declarou, referindo-se à agropecuária, com queda de 46%, e comércio e serviços, com redução de 11%.

 

Otimismo

 

Apesar disso, o agente do Posto de Informações do BNDES na Fiems prevê que o segundo semestre deste ano os pedidos de financiamentos por parte das indústrias devem ser melhores. “O primeiro semestre deste ano os desembolsos devem ser menores, mas no segundo semestre acredito em melhora”, analisou, completando que o número de operações no setor industrial também apresentou aumento de 250% no primeiro bimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2008, saltando de 32 para 112, enquanto no setor da agropecuária teve queda de 47%.

 

Com relação ao porte das empresas que obtiveram desembolsos do BNDES no Estado, os maiores valores foram para as indústrias de grande porte, com aumento de 1.640%, saindo de R$ 34,9 milhões para R$ 608,2 milhões, seguidas bem de longe pelas pequenas indústrias, com crescimento de 17%, saltando de R$ 6,3 milhões para R$ 7,4 milhões. “As micro e as médias empresas apresentaram quedas de 18% e 21%, respectivamente, diminuindo de R$ 30,3 milhões para R$ 24,9 milhões e de R$ 6,6 milhões para R$ 5,2 milhões”, detalhou.

 

Modalidades

 

Em termos percentuais, a modalidade de financiamento que mais cresceu foi o Finem – Financiamento a Empreendimentos – com aumento de 7.042% e desembolso de R$ 601,2 milhões destinados ao conjunto de projetos de investimentos para implantação, expansão da capacidade produtiva e modernização de empresas, incluída a aquisição de máquinas e equipamentos novos, de fabricação nacional, credenciados pelo BNDES, bem como a importação de maquinários novos, sem similar nacional e capital de giro.

 

A segunda modalidade foi o Cartão BNDES com crescimento de 179% e liberação de R$ 3,8 milhões no período de janeiro e fevereiro deste ano com relação ao mesmo período de 2008. “O Cartão possibilita um crédito de até R$ 500 mil para as empresas dos diversos segmentos para compra de insumos, máquinas e equipamentos”, explicou Fábio Fonseca, completando que o Finame Leasing (Financiamento de Máquinas e Equipamentos) fechou o bimestre com queda de 93%, diminuindo de R$ 1,4 milhão para R$ 106 mil, enquanto BNDES Automático teve queda de 73%, caindo de R$ 13,5 milhões para R$ 3,7 milhões.