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Produtores de algodão receberão mesmos benefícios das safras passadas, diz Stephanes

Devem ser investidos pelo governo entre R$ 500 milhões e R$ 600 milhões na comercialização de algodão

Apesar de reconhecer que o algodão é o produto mais sensível aos efeitos da crise mundial, entre aqueles com grande expressão, tanto no mercado interno quanto para as exportações, o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse hoje (6) que não será possível atender o pedido dos produtores de R$ 800 milhões em subvenção federal para o setor.

“Esse número é difícil, até porque diminuiu a produção”, afirmou o ministro, na chegada a um seminário em comemoração aos dez anos da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). Segundo ele, devem ser investidos pelo governo entre R$ 500 milhões e R$ 600 milhões na comercialização de algodão, mesmo montante que vem sendo investido nas últimas safras.

Stephanes explicou porque o setor algodoeiro vem sofrendo mais do que os outros da agricultura. “O mundo continua comendo, mas possivelmente vai reduzir a compra de vestimentas, de fibras, neste momento de crise”.

O ministro disse ainda que a política de sustentação de preços, que pode ser oferecida ao setor algodoeiro, está sendo feita, mas alertou ser necessário um ajuste de produção e aumento na produtividade para que esses agricultores tenham melhor competitividade.

Segundo o presidente da Abrapa, Haroldo Cunha, a ampliação do apoio governamental na comercialização do algodão garantiria um preço de R$ 2,98 por quilo para 80% da produção, cerca de 20% a mais do que é pago atualmente pelo agricultor.