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Bovespa tem maior queda desde março e volta aos 48,5 mil pontos

Ao final do pregão, o Ibovespa marcava baixa de 3,27%, aos 48.679 pontos

Pelo terceiro dia seguido os investidores realizaram lucros na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), mas nesta quarta-feira a impressão é de que as vendas foram para valer.

Ao final do pregão, o Ibovespa marcava baixa de 3,27%, aos 48.679 pontos. Apenas três dos 65 papéis negociados apresentaram variação positiva. Essa foi a maior queda percentual diária desde 2 de março. O volume financeiro ficou em R$ 4,99 bilhões.

Segundo o gerente de contas da Hera Investment, Fernando Campello, quando o índice perdeu o importante suporte dos 50 mil pontos, estimulou ainda mais as vendas e serviu de gatilho para "stops de posição", ou seja, venda do ativo a preço pré-determinado.

Para o especialista, a recheada agenda do dia serviu de estímulo ao movimento vendedor. Os agentes começaram o dia recebendo a produção industrial na China, que cresceu 7,3% em abril no comparativo anual, menos do que o esperado e menor que os 8,3% de crescimento registrado em março.

Depois, foram as vendas no varejo americano que decepcionaram, caindo 0,4% no mês passado, quando o esperado era redução de 0,1%.

De acordo com Campello, os dados serviram para trazer os investidores de volta à realidade e mostrar que a euforia das últimas semanas não teve muita fundamentação. "Foi mesmo uma questão de fluxo", diz o especialista, sobre a puxada de alta que perdurou por nove semanas na Bovespa.