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Seminário internacional discute radiojornalismo público

Representantes de cerca de 30 emissoras públicas de diversas partes do país e produtores da empresa pública francesa RFI vão debater até amanhã a missão

Com o tema O Processamento da Informação na Era Digital, começou hoje (18), em Brasília, o Seminário Internacional de Radiojornalismo Público, promovido pela Associação das Rádios Públicas do Brasil (Arpub), em parceria com a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Rádio France Internacional (RFI) e a Embaixada da França.

Representantes de cerca de 30 emissoras públicas de diversas partes do país e produtores da empresa pública francesa RFI vão debater até amanhã a missão, a importância, o conteúdo, os formatos e os gêneros do radiojornalismo público.

“A idéia deste evento é trocar essas visões, essas experiências e essas histórias de construção de comunicação pública aqui no Brasil, por meio da Empresa Brasil de Comunicação, com a rádio França Internacional”, explicou o assessor da Superintendência de Rádio da EBC, Bráulio Ribeiro, em entrevista concedida hoje (18) ao Programa Revista Brasil, da Rádio Nacional.

A participação da Rádio France Internacional também faz parte das comemorações do Ano da França no Brasil.

De acordo com Ribeiro, a presença das várias emissoras públicas no encontro vai mostrar à empresa francesa que no Brasil há vários meios de fazer radiojornalismo público. “Em alguns casos, essas empresas de comunicação estão mais ligadas ao Estado. Em outros lugares, há mais autonomia em relação ao Estado. Acho que todas essas diferenças vão aparecer ao longo dos debates."

Ribeiro enfatizou ainda a definição do jornalismo público, baseada na forma de financiamento da empresa. “Quando se fala em comunicação pública, a gente está falando em uma comunicação que tem estar, ao mesmo tempo, distante do Estado e do mercado.”

Para ele, a principal forma de garantir a autonomia a uma empresa pública é assegurar-lhe o financiamento autônomo. “Que não dependa do humor do governante e nem somente de verbas que venham do mercado. A emissora pública tem que fugir dessas duas armadilhas. Tem que fugir do controle do Estado e do mercado.”