Apoiar e dar assistência pessoas que estão de passagem por Três Lagoas – esta é a missão do Albergue Municipal “Padre Angel Sanchez”. Com dois meses de funcionamento já passaram pelo local cerca de 300 pessoas, sendo 270 homens e 30 mulheres.
O tempo de permanência no local é curto, de três a cinco dias, no entanto o atendimento é de qualidade. Com direito a café da manhã, almoço, café da tarde e janta, os albergados contam com uma estrutura física ampla, limpa e arejada onde recebem assistência social e psicossocial.
“Lógico que temos um prazo para que a pessoa fique albergada aqui, no entanto já houve casos desse prazo se estender, no caso do indivíduo estar procurando emprego, garantimos mais alguns dias até que arrume um local para se instalar”, afirmou o coordenador do Albergue, Dirceu Menegueli.
TRAJETÓRIA DE UM ALBERGADO
O primeiro passo de um albergado começa na recepção, onde é feita uma ficha com todos os dados pessoais do indivíduo. Em seguida a pessoa recebe um kit com toalha, sabonete, escova e pasta de dentes. Os pertences são trancados em uma sala para evitar roubos e desaparecimentos. O próximo passo é um banho, caso seja necessário. Um acompanhante apresenta o quarto e a cama do albergado. A pessoa deve se apresentar no centro psicossocial do albergue, onde uma assistente social vai avaliar de onde o indivíduo veio, o que ele pretende em nosso município, além de serem observadas as condições físicas da pessoa. A roupa que ele chega e a que ele vai embora é lavada na lavanderia do próprio albergue.
José Luiz Lima de Andrade, 22 anos, veio de Água Fria na Bahia e faz um dia que está albergado em Três Lagoas. Para ele o local é de muita importância. “Com um lugar desses nem precisamos ficar nas ruas, sem contar que o atendimento que recebemos é muito bom”, disse. Andrade veio para o município em busca de emprego, por aqui ele já trabalhou um ano e cinco meses e voltou para sua terra natal. Segundo ele a empresa que procurou já está com seus documentos e em questão de dias estará empregado novamente.
De acordo com o coordenador já passaram pelo local pessoas de comunidades quilombolas, venezuelanos e argentinos.
ALBERGUE
Implantado em uma área de 551,04 m² de área construída – o local abrigava uma escola particular antes -, o Albergue Municipal foi construído para atender uma parcela específica, que vem aumentando, em Três Lagoas: o da população flutuante, ou de passagem. “São pessoas que vieram para a Cidade, muitas vezes atraídas pelo desenvolvimento, mas que, por algum motivo, não tiveram sorte. Aqui, elas terão um lugar para ficar até encontrarem um caminho, mesmo que seja o retorno às origens”, explicou a secretária de Assistência Social, Maria Lúcia Firmino, que reforça: “O albergue não é destinado a moradores de rua”.
A instituição conta com capacidade para 34 albergados, sendo 50% do sexo masculino e 50% feminino. O espaço é dividido em alojamentos (ala feminina e ala masculina), sala para assistência social e psicólogo, refeitório, copa, cozinha, almoxarifado e banheiros. Ao todo, foram investidos R$ 150,620 mil em reformas e ampliação do espaço físico. O local, ligado diretamente à Assistência Social, é coordenado pelo presidente da Vila Vicentina, Dirceu Meneguelli. O Albergue Municipal conta com uma equipe de 14 servidores da assistência. A instituição começou a funcionar no dia 17 de março.
