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Bilheteria rende mais que cotas para o Corinthians

Veto ao Morumbi, descontos, custos e problemas de venda de ingressos à parte, o Corinthians já arrecadou R$ 6.258.262,33 com bilheteria

O Corinthians se orgulha de ter uma torcida que é uma entidade à parte, presente não apenas nas arquibancadas mas também nas decisões do clube. Pois em 2009, a Fiel tem ido além. Ela já é um dos maiores patrocinadores do time.

Veto ao Morumbi, descontos, custos e problemas de venda de ingressos à parte, o Corinthians já arrecadou R$ 6.258.262,33 com bilheteria em 17 jogos em que teve participação na comercialização de ingressos.

Essa receita, líquida, já representa nesta temporada a terceira maior fonte de renda obtida pelo Corinthians.

Ao final do ano, apenas a cota de TV e a estampa da Batavo na camisa da equipe terão rendido mais aos cofres do Parque São Jorge do que a arrecadação nos jogos nos últimos cinco meses.

Os R$ 6 mi vindos dos bolsos da Fiel formam valor três vezes maior do que o clube embolsará com os acordos fechados com a Hipermarcas (dona da Bozzano) e com o Grupo Silvio Santos (do Banco Panamericano).

Juntos, esses dois contratos anuais de patrocínio representam cerca de R$ 2 milhões para o clube –o valor bruto do acordo é de aproximadamente R$ 10 milhões, mas 80% vão para o atacante Ronaldo.

Aliás, a ausência do jogador hoje, diante do Barueri, não deve ser sentida apenas em campo, mas também na renda.

Dos mais de R$ 6 milhões lucrados com ingressos, cerca de R$ 5,1 milhões foram obtidos em partidas que tiveram o Fenômeno em campo –isso equivale a 81,3 % de toda renda líquida corintiana no ano.

Graças à presença dele, por exemplo, o Corinthians fez mais de R$ 500 mil numa partida da fase inicial do Estadual.

Contra o São Caetano, partida que teve como atração principal a estreia do camisa 9 no Pacaembu e como titular do time, o clube lucrou R$ 545.808,07 com a bilheteria, numa quarta-feira à noite.

Não à toa, a diretoria do Corinthians se mostra empolgada com o dinheiro que tem entrado no clube através de comercialização de ingressos.

A ponto de já programar um crescimento permanente no valor da arrecadação para os próximos anos.

"Nossa meta é dobrar as receitas a cada ano daqui para frente", afirma, otimista, o presidente do clube do Parque São Jorge, Andres Sanchez.

O dirigente se mostra satisfeito com a resposta da torcida aos preços estipulados pelo clube nos jogos em que é mandante. Sobretudo os cobrados nos setores mais caros, como a chamada área VIP do Pacaembu.

Nesse local, destinado aos corintianos mais ricos, a diretoria já cobrou até R$ 250,00 por um lugar e chegou até a estimar que, em casos de jogos decisivos, como na final do Paulista ou nesta reta final de Copa do Brasil, poderia pedir até mesmo o dobro disso que haveria interessados em pagar.

Andres, no entanto, afirma que os R$ 250,00 são o limite que o clube pretende cobrar em qualquer setor do estádio.

"O teto é o valor cobrado no setor VIP, no jogo contra o Fluminense", confirma o presidente corintiano.