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Confirmado 16º caso de infecção por vírus em Campinas

Diretora do Hospital da Mulher diz que 25 bebês seguem na UTI

A diretora associada do Hospital da Mulher da Universidade de Campinas, Angela Maria Bacha, disse por volta das 15h30 desta quinta-feira (28) que foi confirmado no período da manhã o 16º caso de infecção pelo VIrus Sincicial Respiratório (VSR) na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

De acordo com ela, 25 crianças seguem internadas na UTI e não podem ser removidas. Destas, 16 foram infectadas, uma teve alta e outra morreu. Mais cedo, em nota, o hospital havia informado que 15 bebês tinham sido infectados. Segundo Angela, a criança que morreu tinha sérios problemas de saúde e o VSR contribuiu para a morte, mas não foi o fator determinante. Os bebês infectados estão isolados dos demais e, entre eles, dois correm alto risco.
 

A diretora do hospital estipula prazo de dez dias ou mais para reabertura da UTI e recepção dos pacientes. Mas esse tempo só poderá ser contado se novos casos não forem confirmados. "A expectativa, considerando o comportamento do vírus, é que a gente fique fechado por pelo menos dez dias, mas eventualmente pode ser mais. A gente vai considerar que o hospital não tem mais surto dez dias após a confirmação do último caso", disse Bacha.

O hospital se exime da responsabilidade pela infecção. "Temos a convicção de que não foi uma falha. Isso acontece em outros hospitais." Bacha afirma que o vírus pode ter entrado na UTI por meio de um bebê reinternado ou levado por funcionários ou pais de crianças.

"Pode ter sido coincidentemente, um caso que veio de fora e um caso interno. O caso interno pode ter sido por meio de um visitante. Esse é um vírus da comunidade, não é um vírus hospitalar. Ele está por aí na comunidade. Ele é altamente transmissível em ambientes fechados, mas a maioria das pessoas resiste bem a ele. Bebês recém-nascidos na UTI têm o sistema imunológico mais fraco", disse ela.

De acordo com Bacha o primeiro caso de infecção foi constatado em 14 de maio, com a reinternação de um bebê recém-nascido com VSR. Em 15 de maio um recém-nascido que já estava internado na UTI neonatal também ficou infectado como vírus. Em 21 de maio foi confirmado o terceiro caso. "Uma vez confirmados estes três casos, seguiu o padrão internacional e definiu surto. No mesmo dia, comunicamos as autoridades de saúde da região", disse a diretora.

De acordo com ela, as internações para crianças na UTI neonatal ficaram fechadas desde então e até 25 de maio, quando a vigilância sanitária de Campinas foi ao hospital para avaliar a situação. A vigilância corroborou a necessidade de fechar a UTI neonatal. No dia 26 foi deliberado o fechamento de todos os espaços para parturientes, inclusive para crianças de baixo risco.