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Ministro da Defesa se reúne com parentes dos passageiros do voo 447

Nelson Jobim chegou com vários seguranças, e não falou com a imprensa

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, chegou na tarde desta terça (2) ao hotel Windsor, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, onde estão os parentes dos passageiros do voo 447 da Air France, que desapareceu no domingo (31). 

O ministro chegou acompanhado de vários seguranças, e entrou pela porta lateral do hotel. Jobim não falou com a imprensa.

Maioria do Rio

A maior parte dos 58 brasileiros que estão na aeronave nasceram ou moravam no estado do Rio, de acordo com informações da Air France.

Entre os desaparecidos já confirmados por parentes e amigos, estão quatro pessoas de uma mesma família, de Niterói, na Região Metropolitana do Rio. A psicóloga Luciana Seba viajava acompanhada do marido, o empresário Paulo Valle Brito e dos sogros Maria de Fátima e Francisco Eudes Mesquita Valle, diretor da TWL Combustível.

Também partiu de Niterói outro casal, o procurador federal Carlos Eduardo Macário de Melo e a médica Bianca Cotta. Ele haviam se casado no sábado (30) e estavam seguindo em viagem de lua de mel.

A família do dentista José Ronnel Amorim confirmaram que ele tinha vindo ao Brasil para visitar a família em Niterói. Ele estava retornando para a França junto com a mulher, a francesa Isis.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) confirmou que a funcionária Patrícia Nazareth Ceva Antunes estava viajando com o marido, o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Octavio Augusto de Ceva Antunes. O casal estava acompanhado do filho de 3 anos de idade. 

Doutorado na França


O oceanógrafo Leonardo Veloso Dardengo também teve seu nome confirmado entre os passageiros do voo 447 pela UFRJ. Ele estava seguindo para Toulouse, na França, onde estava fazendo doutorado em engenharia civil.

Na tarde de segunda-feira (1º) o prefeito do Rio Eduardo Paes confirmou que seu chefe de gabinete, Marcelo Parente estava no voo 447 seguindo para Paris junto com a mulher. A Ordem dos Advogados do Brasil do Rio (OAB-RJ) também lamentou que o advogado Carlos Eduardo Macário de Melo estivesse neste voo.

Três funcionárias do Tribunal de Justiça


A assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro confirmou que três funcionárias embarcaram no voo 447 da Air France que está desaparecido.
Marcia Moscon de Faria, Sonia Maria Amorim e Simone Jacomo dos Santos Elias trabalham na Vara da Infância, Juventude e Idoso, na Praça Onze, no Centro do Rio.

Dois funcionários do Movimento Viva Rio também embarcaram na aeronave que desapareceu: a pesquisadora Ana Carolina Rodrigues e Pablo Deryfus, que trabalhava no projeto de proteção a jovens que vivem em territórios vulneráveis.

A empresa Michelin informou que Luiz Roberto Anastácio, presidente da empresa para a América Latina, e o diretor de informática Antônio Augusto Gueiros, estão no voo desaparecido da Air France. Junto com eles, viaja uma funcionária francesa.

A empresa petrolífera StatoilHydro informou que dois brasileiros estão entre os três funcionários da filial de Botafogo, na Zona Sul do Rio, tiveram seus nomes confirmados na lista de passageiros do voo 447. São eles: o advogado Gustavo Peretti e a geofísica Marcela Pellizon. Eles estão acompanhados do norueguês Berg Andersen.

A aposentada Vazti Van Sluijs, confirmou que sua filha, a assessora da presidência da Petrobras, Adriana Francisco Van Sluijs, telefonou para ela, pouco antes de embarcar no avião da Air France. Adriana tem medo de viajar de avião e reclamou a presença da mãe no embarque, na noite de domingo (31).

“Ela me perguntou se não ia ao aeroporto me despedir dela e eu disse que não ia conseguir chegar a tempo. Mas disse a ela para que viajasse tranquila, nos braços e nas asas de Deus”, disse a mãe da assessora.

A região onde foram encontrados destroços que podem ser do voo AF 447 tem, em média, quatro quilômetros de profundidade, segundo o oceanógrafo Moysés Tessler, do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo. A área é bastante próxima a uma grande cordilheira submarina, que divide o continente americano da África e da Europa.

Ainda não há confirmação que os restos encontrados sejam partes do Airbus da Air France desaparecido no caminho entre Paris e Rio de Janeiro na noite de domingo (31) com 228 pessoas a bordo -59 delas brasileiras.

O coronel Jorge Amaral disse que objetos foram visualizados por aviões da Força Aérea Brasileira em dois pontos distintos, distantes 60 km entre si, a cerca de 650 km a nordeste da Ilha de Fernando de Noronha.

Segundo ele, um avião radar R-99 que havia saído às 22h35 de segunda-feira do arquipélago de Fernando de Noronha detectou sinais eletrônicos por volta da 1h desta terça. E, por volta das 5h25 desta terça, uma aeronave C-130 avistou objetos metálicos e não-metálicos que podem ser do Airbus.

Teriam sido vistos uma poltrona, uma boia laranja, um tambor, objetos brancos, além de mancha de óleo e querosene, segundo a Aeronáutica. Imagens dos objetos devem ser divulgadas no final da tarde , segundo a Aeronáutica.

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Os objetos foram encontrados no segundo dia de buscas. O avião, um Airbus 330-200, havia partido do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, às 19h30 de domingo. A meio caminho entre Brasil e África, ele atravessou uma área de turbulência e perdeu contato com os radares. Mensagem automática indicou que a aeronave sofreu uma pane elétrica, segundo a companhia.

Chances escassas

As autoridades francesas reconheceram que são escassas as possibilidades de encontrar sobreviventes, mais de 30 horas depois do acidente, ocorrido em uma zona marítima de grande profundidade, pouco mais de quatro horas depois da decolagem do Aeroporto do Galeão, no Rio.