O ministro de Estado da França, Jean-Louis Borloo, afirmou nesta terça-feira que parentes de passageiros do voo 447 que desejarem serão autorizados a visitar o local em que são feitas as buscas do Airbus da Air France, que desapareceu enquanto fazia o trajeto entre Rio de Janeiro e Paris.
A FAB (Força Aérea Brasileira) informou hoje que um avião radar utilizado nas buscas localizou poltrona, boia de cor laranja, tambor, querosene e óleo. O material, encontrado a cerca a 650 km do arquipélago de Fernando de Noronha (PE), ainda não foi retirado das águas –o que deve ocorrer somente amanhã, quando navios da Marinha chegarão ao local.
As peças serão analisadas em busca de um código de série para saber se são do Airbus que fazia o voo AF 447 com 228 pessoas a bordo –216 passageiros e 12 tripulantes. Entre os ocupantes do voo desaparecido estão 58 brasileiros, de acordo com a companhia aérea.
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De acordo com Borloo, a viagem seria organizada entre parentes e amigos próximos dos passageiros, caso eles desejem. O ministro também afirmou que começou uma "corrida contra o relógio começou para achar as duas caixas pretas" da aeronave. Isso porque, segundo ele, esses equipamentos emitem sinais por até 30 dias e é provável que eles estejam em áreas bastante profundas.
Borloo afirma que investigadores do país não creem que um simples raio, algo relativamente comum na aviação, possa ter causado o desaparecimento do avião. Essa é a hipótese mais provável levantada pela companhia aérea. "É necessário ter uma sucessão de acontecimentos realmente incomuns para explicar essa situação", afirmou o político.
O Airbus que fazia o voo 447 decolou por volta das 19h de domingo do aeroporto Tom Jobim, no Rio, com destino a Paris e fez o último contato com o comando aéreo brasileiro por volta das 22h30 do mesmo dia, quando estava sobre o oceano Atlântico. Estavam a bordo 228 pessoas –216 passageiros e 12 tripulantes. De acordo com a empresa, há 58 brasileiros entre os ocupantes.
