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Exportações crescem mais que importações no acumulado do ano

Na comparação com maio, os exportadores nacionais venderam mais 25,4%

A média diária das exportações brasileiras ficou 20,2% menor, na primeira semana de junho, do que a média registrada no mesmo mês do ano passado. Em compensação, aumentou 17,9% em relação à média diária de maio deste ano e contribuiu para o bom desempenho da balança comercial, que contabilizou saldo de US$ 1,208 bilhão entre os dias 1º e 5 deste mês.

Também contribuiu para isso o fraco movimento das importações, que caíram 38,4% em comparação com a média diária de junho de 2008 e se mantiveram quase no mesmo patamar do mês anterior, com retração de 0,3%, de acordo com boletim divulgado hoje (8) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Na comparação com maio, os exportadores nacionais venderam mais 25,4% de produtos semimanufaturados (ferro-liga, alumínio em bruto, óleo de soja, couros e peles, dentre outros), mais 20,4% de produtos básicos (petróleo cru, minério de ferro, cereais, carne e outros) e mais 14,3% de produtos manufaturados (automóveis, autopeças, celulares, calçados, etanol, motores e geradores, aviões e tudo o mais com agregação de tecnologia).

Na comparação com junho de 2008, houve retrações fortes nas três categorias de produtos: de 28,4% nos produtos manufaturados, de 14,1% nos semimanufaturados e de 10,5% nos básicos.

Estes, formados em grande parte por commodities (produtos com cotação internacional; principalmente petróleo, minérios e alimentos), que tiveram preços achatados no auge da crise financeira mundial, no quarto trimestre de 2008, e só agora esboçam alguma reação.

O boletim do Ministério do Desenvolvimento ressalta que, no acumulado do ano, no total de 106 dias úteis até a última sexta-feira (5), as vendas internacionais de produtos brasileiros somaram US$ 59,018 bilhões, o que dá média diária de US$ 556,8 milhões. No mesmo período de 2008, com 107 dias úteis, as exportações obtiveram média de US$ 716,3 milhões. Houve, portanto, queda de 22,3%.

As importações, no entanto, caíram ainda mais no período, com retração de 27,8%. Por esse motivo, o superávit comercial (saldo positivo entre exportações e importações) de US$ 10,580 bilhões está 18,12% maior neste ano, em relação aos US$ 8,957 bilhões de saldo registrados em igual período do ano passado.