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Três Lagoas

?Michael é o pai de todos?

Confira a entrevista com Hugo Corradi, um grande fã de Michael Jackson

O estudante de Jornalismo, Hugo Messias Corradi, 22 anos, residente em Três Lagoas,  é fã incondicional de Michael Jackson. Ontem, ainda chocado com a morte, ele abriu seu coração e se emocionou ao falar de seu ídolo, aquele que considera o “pai” de todos os outros artistas. “Sinto como se tivesse perdido um parente próximo, sofri desta forma apenas com a morte do meu avô, que ajudou a me criar”, destacou Corradi.

Jornal do Povo: Desde quando começou esta paixão por Michael Jackson?

Hugo Messias: Começou em 1997, quando eu tinha 11 anos de idade. Ele lançou o álbum “Blood On The Dance Floor", um cd de remix que ganhei de aniversário. Não gostava dele nem das músicas, mas depois de ouvir minha paixão começou. Ganhei o cd de Gustaf, na época, meu melhor amigo.

JP: O que é Michael para você?

HC: Michael é uma lenda, um mito, faz parte da minha vida, como faz parte da história do mundo. Um pedaço da humanidade.

 JP: Com qual freqüência você ouve o Michael?

HC: De 1997 a 2004 ouvia Michael diariamente. De 2004 em diante passei a ouvir Michael pelo menos duas vezes por semana.

JP: Qual a sua música preferida?

HC: Difícil dizer qual, são muitas, mas talvez a que mais tenha me emocionado em todos os tempos foi a música “Man in The Mirror”, do cd BAD de 1987.

JP: Já que é um fã tão convicto assim, o que você possui do Michael?

HC: Vamos lá, a lista é um pouco extensa. Cd OFF THE WALL de 1979 (versão original e remasterizada), CD Thriller de 1982 (versão original e remasterizada), CD Bad de 1987(versão original e remasterizada), CD Dangerous de 1991(versão original e remasterizada), CD History de 1995,  CD Blood On The Dance Floor de 1997, CD Invicible de 2001 (nas quatro versões que saiu), CD Number Ones de 2003, CD The Ultimate Collection que teve edição limitada de 500 mil cópias,  Coletâneas: King Of Pop 2008, The Essential Of Michael Jackson  2005, CD The Best Of Jackson 5 2006. Tenho um disco de vinil com edição limitada de 20 mil copias de 1984. O DVD da turnê Dangerous Tour, o DVD da turnê History Tour, o DVD de Clipes History e o VHS do clipe Thriller. Além disso, tenho recortes de matérias de jornais desde 1997, fotos, matérias de revistas e no computador tenho todas as músicas lançadas por ele.

JP: Qual foi o momento da sua vida que Michael marcou mais?

HC: O maior momento foi quando entrei em depressão no ano de 2000. Neste período já tinha uma coleção boa. Ele me ajudou a superar os problemas. Suas músicas me influenciaram e sua força me fizeram crescer.

JP: Fale um trecho de uma música que mais mexeu com você neste período de depressão.

HC: “Youre always in my heart. You are not alone”. (Você sempre estará em meu coração, Você não está sozinho). Da música You Are Not Alone, do disco History de 1995.

JP: Liste seus ídolos e o que Michael representa entre eles.

HC: Madonna, Spice Girls, Kimi Raikkonen, Diana Ross, Jackson 5, Steven Spilberg, Celine Dion. Michael é o pai de todos.

JP: Por quê?

HC: Pois ele foi o percussor, todos seguem sua força, seus passos, sua história.

JP: Como soube da morte dele e qual foi a sua reação?

HC: Recebi um telefonema de uma grande amiga, Rosa Caetano, que sabia que gostava muito dele. Pediu para eu sentar e ligar a televisão, entrei em estado de choque, chorei, ela me confortou. Depois muitos amigos me ligaram para me dar uma palavra de conforto. Gostaria que tudo não tivesse passado de um sonho, que Michael voltasse ao mundo e mostrasse o porquê é o maior de todos. Sinto como se tivesse perdido um parente próximo, sofri desta forma apenas com a morte do meu avô, que ajudou a me criar.

JP: Qual a lição que ele deixou para você?

HC: Que apesar de todos os prós e contras, temos que ter força para lutar, enfrentar os obstáculos e mostrar que sempre podemos vencer.

JP: Você acha que ele realmente praticou o crime de pedofilia?

HC: Esta é uma questão complexa. Acreditar que amava as crianças, isto e inegável. Mas acredito em um distúrbio de personalidade, onde talvez tenha realmente aconteceu algo, mas não como um pedófilo que atacava direto e sim como alguém que amou uma criança.

JP: O que pensa sobre suas inúmeras intervenções cirúrgicas? 

 HC: Ele foi muito maltratado quando criança. Seu pai o chamava de feio a todo tempo, ele criou uma obsessão com a sua aparência. Não tinha rosto, não tinha face, queria sempre estar diferente. Mulheres fazem plástica para ficarem mais jovens, ele fazia para perder o rosto que tanto criticavam.