Veículos de Comunicação

Oportunidade

Lei estimula plantio de árvores exóticas

A lei trata sobre o reflorestamento de propriedades rurais, exigindo a conservação de 20% da reserva legal

Na busca de alternativas econômicas sustentáveis, que alie lucro e respeito ao meio ambiente, a Lei nº3.628, sancionada pelo governo de Mato Grosso do Sul no final de 2008, representa um passo importante, principalmente, para o fortalecimento e estímulo de culturas viáveis. 

A lei trata sobre o reflorestamento de propriedades rurais, exigindo a conservação de 20% da reserva legal. É a primeira norma legislativa do Estado que admite o uso de espécies exóticas para recuperação da floresta nativa. Existe um grande número de espécies arbóreas exóticas que podem ser usadas para recompor a reserva legal. Uma delas é a seringueira, que tem mostrado grande adaptabilidade aos mais variados ambientes, além de seqüestrar uma quantidade de carbono equivalente ao seqüestrado pela mata nativa. 

O que mais chama atenção para esse tipo de planta exótica é a viabilidade financeira que ela pode oferecer. A seringueira é a mais explorada economicamente, por produzir látex de melhor qualidade e com elevado teor de borracha. Em algumas regiões do nordeste, por exemplo, o consórcio da espécie com outras culturas, como cacau, feijão, mamão, banana e café, tem sido apontado como exemplo bem sucedido de sistema agroflorestal sustentável para a sob o ponto de vista agronômico, ecológico, social e econômico. 

O autor da lei, deputado estadual Diogo Tita, acredita que a proposta é pioneira justamente por não somente exigir do produtor, mas também por oferecer-lhe a oportunidade do retorno financeiro. “A diferença do reflorestamento realizado com espécies exóticas como a seringueira está no negócio rentável que o produtor poderá obter. Quando a lei foi elaborada, o objetivo foi trazer vantagens para todos os lados", declarou. 

O interesse no cultivo de seringueira tem crescido no Mato Grosso do Sul . Por conta disso, proprietários rurais têm contratado empresas especializadas na implantação e manutenção de seringais. Hoje, no Estado, a área já implantada é de 1.600 hectares (800 mil pés) nas cidades de Aparecida do Taboado, Paranaíba, Inocência, Cassilândia e Campo Grande, onde os plantios estão em fase de desenvolvimento. Nas cidades de Chapadão do Sul e Costa Rica, os projetos estão em fase inicial de preparo de solo, e em breve receberão as mudas. Segundo a direção da empresa responsável pelo plantio, Mato Grosso do Sul preenche todos os requisitos para um grande volume de plantio de seringueira, pois tem imensas áreas de terra propícias, tem clima favorável à cultura, também apresenta boa logística em relação ao mercado consumidor. 

 (PORTAL ALMS)