Veículos de Comunicação

Oportunidade

Hospital Regional e Santa Casa na mira do MP

Muitos pacientes mode morrer na fila de espera devido a falta de leitos de UTIs

A Promotora de Justiça da Cidadania Sara Francisco Silva, que visitou a Santa Casa e o Hospital Regional essa semana, constatou que se o secretário municipal de Saúde não tomar providências emergenciais para minimizar a falta de leitos nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) muitos pacientes podem morrer na fila de espera, pois a execução das obras para abrigar mais leitos ainda deve se arrastar por mais tempo.
 
Sara Francisco ressalta que os pacientes na fila não podem esperar até que as obras sejam concluídas e que o secretário precisa conversar com o prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho para encontrar uma solução urgente. Para a Promotora, a situação da Santa Casa ontem a tarde era melhor que a quinta e sexta-feira passada, porém nada animadora.
 
Ela constatou que na Santa Casa foram instalados quatro leitos intermediários na UTI e que o andamento nas obras, para abrigar mais 15 leitos de UTIs, não demonstraram caráter de urgência, visto que haviam apenas oito homens trabalhando. “A obra estava com o andamento em tranquilo, sem caráter de urgência”.
 
No Hospital Regional, Sara Francisco visitou as obras de todas as unidades de UTIs, onde observou que estão sendo ampliadas 40 UTIs para adultos e 30 UTIs, entre neonatal e intermediária, e observou é que lá existe um núcleo interno de regulamentação de vagas, que verifica o monitorando do tempo de entrada e permanência do paciente no hospital.
 
Outro problema observado nos dois hospitais é a solicitação de vagas para encaminhar pacientes do interior devido à falta de medicamento, o que não representa motivo para encaminhar o paciente à Capital, já que o medicamento pode ser encaminhado para o interior. Desta forma, a Promotora vai encaminhar a informação para o Promotor de Justiça de Aquidauana apurar junto ao secretário municipal de Saúde sobre a falta de medicamento no sistema público, que tem ocasionado a transferência de pacientes desnecessariamente.
 
Plano de Ação Emergencial
 
Segundo a Promotora, paralelamente, a solução da falta de leitos nas UTIs dos hospitais de Campo Grande, o Município também deve traçar um “plano de ação emergencial na atenção básica”, equipando as Unidades Básicas de Saúde (UBS) para trabalhar na prevenção de doenças. “Muitos partos prematuros podem ser prevenidos com o acompanhamento do pré-natal, assim como outros casos no básico, como hipertensão, pois um paciente grave demanda mais ações da UTI”.