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Reserva cambial já supera o nível de antes da crise

Há, ainda, uma margem de US$ 30 bilhões para o BC restabelecer o que foi gasto durante os piores dias da crise

As reservas cambiais brasileiras chegaram a US$ 208,4 bilhões em junho. Esse nível já é superior ao pico de US$ 207,5 bilhões verificado em setembro, antes que as turbulências internacionais atingissem o Brasil. Anteontem, as reservas somavam US$ 208,9 bilhões. A recomposição decorreu mais da valorização dos ativos em que as divisas estão aplicadas (como os títulos americanos) do que propriamente das compras do Banco Central, que ainda não restituiu ao estoque de reservas tudo o que injetou de dólares no mercado. Há, ainda, uma margem de US$ 30 bilhões para o BC restabelecer o que foi gasto durante os piores dias da crise, consideranelo os dólares que irrigaram o mercado à vista e a posição comprada do BC na BM&F antes da crise, que hoje está zerada.

Isso não significa que a autoridade monetária tenha compromisso de recomprar US$ 30 bilhões. A recompra dependerá das condições de mercado e do que o governo entender que é o montante ideal das reservas cambiais. Permanece a orientação geral de comprar apenas as sobras do mercado de câmbio, que nos últimos dias têm sido relativamente pequenas.