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Dia 11 de julho de 1973: morre o senador Filinto Muller

Senador Filinto Muller, era general, advogado e um dos políticos mais respeitado da República

Dia 11 de julho 1973 morre em Orly, na França, em desastre de avião o senador matogrossense Filinto Muller, juntamente com sua esposa Dona Consuelo e seu neto Pedro, completando assim neste dia 11 de julho 36 anos de sua dolorosa ausência para o povo dos dois Matos Grossos.

Senador Filinto Muller, era general, advogado e um dos políticos mais respeitado da República. Morreu no auge de sua carreira política, ocupando os importantes cargo no cenário nacional como senador, presidente do Congresso Nacional e presidente nacional da Arena, partido do Governo Militar.

Filinto Muller, como carinhosamente era chamado, pautou sua vida como homem honrado, tanto na vida particular como na vida pública.Sua morte deixou uma grande lacuna não só para os Mato Grossos, mas também para o Brasil, perdendo a Pátria um grande brasileiro defensor da liberdade e da democracia.

Amigo, leal, sincero e conselheiro, sua presença marcante de estadista, nos inspirava credibilidade e confiança pela sua transparência e humildade, passando aos companheiros a coragem para as batalhas, com igualdade e solidariedade. A mim, desde a adolescência, acompanhou o senador em sua disputa para o governo de Mato Grosso em 1950 e 1960, candidato pelo PSD, perdendo as duas vezes para Fernando Correia da Costa, da UDN. Reelegeu-se senador em 1962, e reeleito novamente para o Senado em 1970, nos deixando órgão no fatídico desastre do avião em 1973.

 Disputei ao lado do senador em 1970, pela segunda vez, uma cadeira na Assembléia Legislativa, em campanha por esse mato grosso afora alcançando a segunda suplência. Aqui estou nesta foto ao lado do senador no plenário da Assembléia Legislativa em Cuiabá, por ocasião da convenção da Arena, que confirmou a sua reeleição para o Senado e a minha candidatura a deputado estadual pela segunda vez, sempre como partidário do senador.

O senador Filinto Muller, tinha verdadeiro carinho para com os jovens que o acompanhavam em suas trajetórias, tamanha sua alegria quando visitávamos em Cuiabá ou em Campo Grande. Talvez eu seja um dos últimos jovens da época, hoje com meus 77 anos. Mato Grosso perdeu seu maior representante e os companheiros o grande chefe e patrono.

Com o senador também perdemos a grande dama, aquela prenda preciosa que o senador nos presenteou trazendo da Argentina, Dona Consuelo. Ela era meiguice sutil da mulher final e inteligente, onde o senador com certeza buscava inspiração para atravessar o lamaçal que é o mundo político.

Como ela nos tratava com carinho e doçura em sua casa em Cuiabá, a nos servir ela mesma o cafezinho ou o cálice de guaraná. A meu grande e saudoso amigo senador Filinto Muller, aqui vai a minha mais doida saudade e as preces para que descanse em paz junto com sua grande esposa e seu querido neto.
Aqui ficamos, por enquanto até a hora de atravessar-mos o grande oceano.
De uma coisa seus amigos têm certeza senador, a tragédia fatídica do avião naquele dia 11 de julho de 1973, mudou completamente o curso da história dos Matos Grossos, principalmente a do Mato Grosso do sul… Somos seus órfãos.

A Deus pertence a sua alma e de seus entes queridos

Do velho amigo e companheiro, José Francisco Marque Neto, ex-prefeito de Brasilândia e ex-vereador de Três Lagoas.