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Leão do circo é transferido para São Paulo

Animal foi apreendido num circo em São Gabriel do Oeste

 O leão que estava temporariamente no Centro de  Reabilitação de Animais Silvestres (Cras), na Capital, após ser apreendido de um circo em São Gabriel do Oeste, Norte do Estado, por maus tratos, foi transferido hoje (17) para a Associação Santuário Ecológico Rancho dos Gnomos (Aserg), em Cotia, no interior de São Paulo.   

 A Associação Santuário Ecológico Rancho dos Gnomos (Aserg) é uma associação civil sem fins lucrativos e Organização Não-Governamental que atua há 17 anos prezando pelo bem-estar da fauna silvestre, exótica, nativa, doméstica e domesticada por meio de sua preservação, conservação, recuperação e propagação da educação ambiental para a consecução e alcance de um ambiente sadio e equilibrado, nos termos do Artigo 225 de nossa Constituição Federal.

A operação demandou cerca de três horas e envolveu totalmente a equipe do Cras e do Rancho dos Gnomos, além da superintendência do Ibama em Mato Grosso do Sul. Atualmente a legislação estadual proíbe apresentação de espetáculos circenses com animais exóticos ou nativos em Mato Grosso do Sul. A Promotoria de Meio Ambiente move processo jurídico para responsabilizar criminalmente os donos do circo.

O felino estava no Centro de Reabilitação desde o dia 04 de julho passado, recebendo até hoje tratamento adequado e alimentação diária enriquecida com polivitamínico. O animal, que pesa cerca de 240 quilos, foi encontrado em estado de desnutrição e suas presas e garras haviam sido arrancadas pelo antigo proprietário do animal. O Cras fez os exames físicos e patológicos para avaliar a saúde do leão. O Cras é gerido pelo governo do Estado, através do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) e da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Semac).

 De acordo com o médico veterinário do Cras, Álvaro Cavalcanti, o animal está em boas condições. “Não tínhamos o histórico do comportamento desse animal, mas aqui foi tranqüilo, ele não apresentou ferocidade. Ele chegou um pouco estressado e nossa preocupação era a alimentação. Então implantamos uma dieta de seis quilos ao dia, ele começou a deixar a comida e passamos para quatro quilos com carne bovina por dia, alternado com frango, o que tem sido bem aceito por ele”, disse.

 O superintendente do Ibama, David Lourenço, disse que a escolha do local de destino obedeceu a um processo desde a autuação do dono do circo e da apreensão do leão. “O processo envolveu não só o Ibama nacional, mas as superintendências regionais e gerências executivas. Elas nos garantiram as melhores informações sobre o local de destinação, então o animal está indo para um local mais adequado para recuperação e adequação a esse novo ambiente”, explicou ele.