Ex-prefeito luta pela preservação do antigo Fórum

O ex-prefeito de Três Lagoas, Lúcio Queiroz Moreira, que administrou a Cidade entre os anos de 79 a 82, com sua paciência de “leão”, é um dos que lidera luta de empresários e autoridades locais para que o prédio antigo não seja demolido. “Salvemos o Fórum. Preservermos a história”, foi o título de um dos seus vários artigos publicados sobre o assunto, no Jornal do Povo.

“A cidade quer e precisa do novo Fórum, mas sob pena de ser cometido o crime de “lesa-patrimônio-histórico”, o “velho” não deve e não pode ser demolido”, afirma. Em outro artigo, publicado no dia 11 de dezembro de 2008, ele é mais ácido em suas críticas: “Qual ou quais os fundamento que levaram o Órgão máximo do Judiciário do nosso Estado e sua maior autoridade, a sentenciar de morte o nosso Fórum? O método de execução da sentença todos sabemos: sua demolição”.

Lúcio Queiroz Moreira, na verdade, tornou-se ativista pela preservação do prédio do fórum, incentivado por iniciativa do Jornal do Povo, que, desde 2007, publicou várias reportagens e editoriais sobre o assunto, defendendo que o imóvel não fosse demolido e que fosse reaproveitado para outra finalidade pública. No início deste ano, em editorial, o jornal lembrou que o imóvel, por exemplo, poderia servir de sede da própria prefeitura, que hoje funciona em prédio alugado, não suportando adequadamente às secretarias ali instaladas. “E muito menos a estrutura tímida que serve de gabinete à prefeita da Cidade”.

MOBILIZAÇÃO

Segmentos da comunidade local como Sindicato dos Trabalhadores da Educação, Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil e Câmara Municipal chegaram a encaminhar ofícios à presidência do Tribunal do Justiça, solicitando preservação atual do atual prédio.  Indicação assinada por todos os vereadores, da legislatura passada e atual, foi encaminhada ao atual presidente Elpídio Helvécio Chaves Martins, do Tribunal de Justiça, bem ao seu antecessor, desembargador João Carlos Brandes Garcia, solicitando a preservação do antigo prédio. Esse, inclusive, chegou a afirmar que não haveria qualquer empecilho para que o prédio em vez de demolido fosse transformado em patrimônio público, desde que a Prefeitura ou Estado se manifestasse sobre o assunto, o que não foi feito até então.