Veículos de Comunicação

Três Lagoas

Projovem Trabalhador incentiva sonhos em Três Lagoas

O programa é a esperança de quem espera por uma oportunidade no mercado de trabalho

Mais do que cursos de capacitação. O programa do Governo Federal, Projovem Trabalhador tem sido visto pelos jovens como uma oportunidade de realizar sonhos. Aos 24 anos, Gisele de Araújo conta que seu maior desejo é ser gerente de comunicação, ou ainda atuar em TV ou rádio. Para realizar o objetivo ela se inscreveu no programa depois de uma amiga ter comentado a oportunidade.

 “Eu fiz a inscrição de última hora e logo escolhi o curso de comunicação. Fico me imaginando trabalhando em tv ou rádio. Na verdade estou aqui em busca de um estágio, quero conhecer a realidade do mercado. Essa vocação vem desde pequena, pois eu adoro conversar, discutir e agora quero garantir o meu espaço”, enfatiza.

Gisele faz parte dos 1000 alunos que estão inscritos no programa em Três Lagoas. Segundo a coordenadora do Projovem Trabalhador em Três Lagoas, Elair Ferreira dos Santos, a intenção é  inserir no mínimo 30% destes alunos no mercado de trabalho. “Mediante ao aproveitamento deles nas atividades vamos colocá-los no mercado. Também buscamos o incentivo ao empreendedorismo e a valorização a educação, com a volta a escola e até mesmo a faculdade”, comenta.

Com seis áreas a disposição é possível escolher cursos na área de administração, alimentação, comunicação e marketing, turismo e hotelaria, metal mecânica e telemática. De acordo com Elair, o curso é divido em duas fases, onde na primeira etapa acontece a qualificação social ou básica, com carga horária de 100 horas/aula, que duram aproximadamente sete semanas.

Enquanto a qualificação específica dura 17 semanas, com duração de 250 h/a.

Para o curso os alunos recebem material didático, como apostilas de português, matemática, inclusão digital, valores éticos e cidade, entre outras.

“Nossa intenção, além de melhorar a qualidade escolar é ensinar o indivíduo a lidar com problemas relacionados à realidade do mercado de trabalho. Não estamos aqui para ensinar equações, o curso serve para ajudar a calcular juros, trabalhar com calculadora científica. O português não são aulas de gramática, são noções de como conversar corretamente. Estamos em busca de profissionalização, não apenas de uma capacitação simbólica”, reforça.

A coordenadora explica que o próximo curso já está sendo programado para o ano que vem. Podem se inscrever jovens de 18 a 29 anos, que não estejam trabalhando. Eles devem estar estudando ou ter concluído o Ensino Médio. A renda familiar per capita não pode ultrapassar meio salário mínimo. Os alunos devem ter frequência maior que 75%. Durante o curso eles recebem bolsa – auxílio, no valor de R$600. O valor é divido e durante a realização do curso são repassados R$100 mensais.

Para evitar a evasão os coordenadores acompanham a frequência dos alunos e caso eles faltem por dois dias seguidos uma equipe entra em contato para saber o que está acontecendo. O coordenador da Fundação Biótica, responsável pela execução do programa de Educação e Meio Ambiente do Projovem, Samir Anache, explica que todos os alunos são avaliados diariamente. “Nossa intenção é formar profissionais. Analisamos trabalhos em equipe, participação e presença. Não podemos perder alunos e devemos evitar evasão, daí vem a cobrança. Nosso limite é de 10%, por isso realizamos o acompanhamento social, para evitar a evasão”.

EXPECTATIVAS

“Eu estou desempregada e fiquei sabendo da oportunidade, não pensei duas vezes e fiz minha inscrição. Escolhi administração porque me falaram que era mais fácil entrar no mercado de trabalho, como já atuei no setor de vendas pensei em investir nesta área. Se eu for cursar uma faculdade será no curso de administração. Após este curso só espero um bom emprego, é por isso que estou aqui”.

 Lucina Alves Carvalho, 27 anos

“Estou aqui para me profissionalizar e escolhi metal mecânica por ser um curso que tem mais valor agregado do que os outros. Aqui em Três Lagoas o mercado deixa a desejar na questão salarial. No Estado de São Paulo, por exemplo, as mesmas funções chegam a ter um salário de 40 a 50% maior. Por isso estou aqui, para aprender e melhorar profissionalmente”.

Cláudio Rodrigo Marciano, 26 anos