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Três Lagoas

Moradores tentam se proteger contra violência

Setor de segurança privada cresce aproximadamente 10% ao ano

O medo da violência e a insegurança da população mantém a procura por segurança particular em Três Lagoas. Para inibir a ação de bandidos e escapar de furtos e roubos, moradores e comerciantes recorrem cada vez mais aos serviços prestados por empresas de segurança privada. Além delas, muitos ainda procuram serviços de vigias noturnos, ou ainda se organizam para pagar um vigilante que cuide do bairro fazendo rondas noturnas. O apito durante a noite é marca registrada desses profissionais que trabalham no setor da segurança.

Outra realidade que tem sido vista com o crescimento da cidade, é o grande número de obras em execução que antes mesmo de serem finalizadas já têm os equipamentos de segurança instalados, como cercas elétricas e alarmes, além de tubos especiais para passar as instalações.

Segundo a empresária do setor de segurança existente na cidade há 12 anos, Cleusa Maria Scatolin, o serviço mais procurado é o de monitoramento. “Tivemos um pico de procura nos dois primeiros anos de implantação das indústrias, foi um aumento gradativo e significativo, mas a procura já se restabeleceu e é constante. Todos os dias temos instalações para fazer”, comentou.

Cleusa disse ainda que desde que a empresa foi montada o crescimento médio é de 10% ao ano, mas já atingiram crescimento de 30%. Em média, o custo de um equipamento de ponta sai por R$ 700, ele é composto por uma central de alarme, baterias, sensores infra-vermelhos internos e externos, sensores magnéticos (portas e janelas), sensores de impacto (quebra de vidro) e botão de pânico, sem contar nas outras inúmeras possibilidades como cercas elétricas e câmeras.

De acordo com a empresária, a maioria das pessoas que procuram o sistema de segurança para a residência já teve a casa roubada, mas no caso das empresas a preocupação acontece no momento da implantação da loja.
As possibilidades oferecidas pelo mercado são muitas. Entre os serviços há também o sistema de monitoramento por câmeras de vídeo. “O sistema de monitoramento por câmeras é mais usado por empresas, já que em residências ele pode tirar um pouco da liberdade. O sistema de alarme monitorado para esse tipo de caso é muito eficiente.”

REALIDADE

Dados da Policia Militar revelam que até junho foram resgitrados 147 roubos, 120 furtos, 28 homicídios e 42 bocas de fumo fechadas. Os números podem ser maiores já que muitas pessoas procuram diretamente a Polícia Civil. O que prova que a violência tem alcançado números alarmantes se comparado com outras cidades do Estado.

Um exemplo de temor à violência é a moradora do bairro Santa Terezinha, Catarina de Lurdes Rodrigues, 55 anos, que está instalando um equipamento de segurança em sua residência. “Procurei o sistema porque vejo que o aumento da violência no município é constante. Antes a população estava acostumada a contar com os cães de guarda, agora isso não basta. Embora a maioria dos assaltos aconteça quando as pessoas estão entrando em casa, resolvi instalar o sistema, mesmo que ele seja apenas uma medida adicional, é melhor investir agora do que perder algo futuramente”, explicou.