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Área nobre da Cidade é a mais visada pelos bandidos

O caso mais recente aconteceu no início da noite de terça-feira (4), na residência do chefe de gabinete

Os moradores do bairro Colinos, uma das áreas nobres de Três Lagoas, vem se transformando em alvo para ações criminosas. O caso mais recente aconteceu no início da noite de terça-feira (4), na residência do chefe de gabinete, Germano Molinari, como aborda a matéria divulgada nesta mesma página.

Embora sem números concretos, o delegado Regional, Vitor José Fernandes Lopes, confirma está “preferência” pela região em relação aos crimes de roubo seguido de cárcere privado. Um levantamento realizado pela reportagem nos arquivos do Jornal do Povo mostrou que, embora os casos de roubo ocorram em quase toda a cidade, os últimos assaltos considerados mais graves, com reféns, acontecem mais na área central e naquele bairro.

A preferência se deve, basicamente, a dois motivos: poder aquisitivo e também acesso rápido para fuga.

“Bairros como este, em que boa parte da população tem um poder aquisitivo um pouco maior, acaba atraindo mais os criminosos, por subentenderem que terão mais retorno financeiro”, completou.

O delegado cita como exemplo a quadrilha de assaltantes presa na “Operação Refém”, desencadeada na quarta-feira (29). A ação contou com cerca de 40 policiais civis e militares e resultou na apreensão de nada menos que 13 suspeitos, sendo oito deles adolescentes com idade entre 15 e 17 anos. Deste total, apenas três adolescentes foram liberados por falta de provas.

A operação foi denominada “Refém” pelo tipo de crime que o grupo praticava em Três Lagoas: roubo seguido de cárcere privado. Dos crimes já solucionados pela polícia, três aconteceram no bairro Colinos, como explicou o delegado Regional. “O bairro Colinos era o principal alvo daquela quadrilha. Até o momento, nós já conseguimos solucionar três assaltos praticados apenas naquela região e este número pode ser maior”, completou Lopes.

O delegado também chama a atenção ao horário em que os crimes estão acontecendo, a maioria no início da noite. O método deste tipo de quadrilha, abordar o morador ainda na rua, também anula a ação dos sistemas de segurança, como alarmes e cercas elétricas. Como são abordados ainda do lado de fora da casa, as vítimas pouco podem fazer para acionar o sistema.

“A população, não apenas daquele bairro, deve ficar atenta ao chegar ou ficar em frente à suas residências. Se perceber alguma movimentação estranha, pessoas desconhecidas em atitudes suspeitas, seja de carro ou a pé, o ideal é que entre e feche portões e portas”, reforçou.

Lopes informou que o caso do assalto registrado nesta semana já está com a equipe da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) para investigação. Até o fechamento desta edição, nenhum suspeito havia sido preso.