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Senai vai qualificar mão de obra para construção de usina

Segundo o presidente da Fiems, na próxima semana será realizada uma reunião com os representantes das duas construtoras

O Sistema Fiems, por meio do Senai, acertou nesta terça-feira (11/08) parceria com as prefeituras de Ribas do Rio Pardo e Água Clara para qualificar a mão-de-obra que as empresas Engevix Engenharia e Galvão Engenharia vão utilizar para construir a Usina Hidrelétrica São Domingos, cuja a ordem de serviço que dará início às obras foi assinada hoje pela Eletrosul Centrais Elétricas e Governo do Estado durante evento na Casa da Indústria, em Campo Grande.

Segundo o presidente da Fiems, Sérgio Longen, na próxima semana será realizada uma reunião com os representantes das duas construtoras para definir o perfil dos 522 trabalhadores que serão capacitados pelo Senai para atuar na obras da Usina São Domingos. “Nós já sabemos que de imediato a demanda das duas empresas de engenharia é por pedreiros, carpinteiros, armadores e operadores de máquinas pesadas. No entanto, precisamos fazer essa reunião para quantificar essa necessidade delas e avaliar o tamanho da demanda”, disse.

Longen destaca que o Sistema Fiems também vai ajudar na articulação da Engevix e Galvão com os serviços locais necessários para a conclusão do empreendimento localizado na divisa dos municípios de Água Clara e Ribas do Rio Pardo. “Ainda vamos realizar uma segunda reunião no local da obra para acertar os pontos que ficarem pendentes na qualificação da mão-de-obra por parte do Senai”, explicou, acrescentando que Usina Hidrelétrica São Domingos adiciona mais uma importante fonte para a matriz energética do Estado.

Ele ressalta que é imprescindível destacar o papel estratégico que essa obra vai trazer para a região, tanto no que diz respeito à geração de emprego e renda, quanto na atração de novas indústrias. “Porque energia sempre foi um gargalo para nossa atividade. E nos últimos anos, Mato Grosso do Sul tem se destacado por grandes avanços nesta área, notadamente com a construção das PCHs – Pequenas Centrais Hidrelétricas – e a implantação de novas usinas de álcool”, disse, finalizando que muito em breve o Estado deixará de ser importador para ser exportador de energia.

Reforço

O diretor-presidente da Eletrosul, Eurides Luiz Mescolotto, reforçou que a estatal assumiu o compromisso com as empreiteiras encarregadas de executar a obra de contratar a mão-de-obra oriunda dos dois municípios onde a usina será construída e que por isso é fundamental a participação do Sistema Fiems nesse processo de qualificação. “A estimativa é que com o empreendimento sejam gerados aproximadamente 1,5 mil empregos diretos e indiretos, beneficiando principalmente os municípios de Ribas do Rio Pardo e Água Clara, por serem municípios-sede da usina. Também deverá gerar aproximadamente R$ 9 milhões anuais em ICMS”, informou.

Ele acrescenta ainda que os investimentos previstos são da ordem de R$ 290 milhões, com prazo de 27 meses para ser concluído, sendo mais um empreendimento da Eletrosul, inserido no Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, do Governo Federal, devendo entrar em operação em 2012, já com 100% de geração, comercializada. “Esse é o primeiro empreendimento da Eletrosul na área de geração de energia em Mato Grosso Sul desde 1983, ano em que iniciamos as atividades no Estado, direcionadas para a transmissão de energia em alta tensão”, lembrou.

Ele acrescenta ainda que a Usina São Domingos terá uma potência instalada de 48 MW e energia assegurada de 36,9 MW médios, sendo que, com essa potência, será possível gerar anualmente 323,25 GWh, o que é capaz de alimentar uma cidade de até 210 mil domicílios ou atender em média 700 mil pessoas. O governador André Puccinelli ressalta que a usina será mais um atrativo de investimentos para Mato Grosso do Sul, pois ela vai contribuir para a diversificação da matriz econômica do Estado.

Puccinelli prevê que em 2019 Mato Grosso do Sul será capaz de se tornar auto-suficiente na geração de energia graças às hidrelétricas e ao setor sucroenergético. “Além disso, teremos dois linhões de transmissão para entrarmos na rede nacional de energia, o que contribuirá na redução de tarifa de energia”, analisou, ressaltando que assim será possível que o Governo do Estado também possa lucrar com o funcionamento da usina hidrelétrica.